Os olhos voltados para a Copenhagen Fashion Week que mescla sustentabilidade, ousadia e praticidade

[Romildo de Paula Leite]

Nenhuma Semana de Moda Mundial representa tão bem o luxo minimalista – aquele jeitinho low profile, sabe? De peças muito bem cortadas, porém com ousadia, tecidos tecnológicos e nobres, quanto a Copenhagen Fashion Week. Atual queridinha dos fashionistas, a moda escandinava ainda chama atenção pelo protocolo de sustentabilidade das marcas participantes que entre outros itens, não podem usar peles de animais, precisam apresentar a rastreabilidade da cadeia produtiva e incluir materiais reciclados. A CPHFW que aconteceu entre os dias 4 e 8 de agosto e, apresentou as coleções Primavera-Verão 2026 (2027 no Brasil) trouxe uma moda descomplicada, fácil de usar e muito criativa, com destaque para as estampas como listras e poás, assimetrias em diferentes shapes, tons no branco, preto, cinza e apastelados.

O jeans vem leve, mesmo se for trabalhado no 100% algodão, em peças fluídas e amplas onde o conforto é essencial. Super democrático, o denim ganha diferentes lavagens que conferem variados estilos e moods aos looks.

As estampas bucólicas, com florais ou folhagens revelam a tendência “artsy do campo” onde a natureza é valorizada na padronagem a laser, como no desfile da Munthe. O blazer da marca não é somente um blazer, ele ganha abotoamento na transversal e estampa em dourado aplicada no bolso frontal e combina perfeitamente com a calça esportiva.

A discreta risca de giz oferece toques da alfaiataria na calça clochard de cintura baixa e a saia mídi vem trabalhada com barra desfeita, deixando de lado o visual básico, principalmente com a sobreposição de blusa com paetês laminados. A grife aposta em fits amplos nas pantalonas e wide legs onde o upcycling também ganha vez na aplicação de folhas em outra lavagem.

A Skall Studio passeia nessa mesma pegada comfort, com barra marcada e enormes bolsos, tanto nas calças quanto nas jaquetas. Já Rolf Ekroth brinca com círculos aplicados nas peças mesclando tonalidades no denim. Ainda com aspecto clean, a lavanderia transforma calças boca de sino, jaquetas oversizeds e saias longas, com “falsos bolsos” e, esbranquiçados bem sutis na marca de Rabens Saloner.

Outra grife que trouxe a estamparia delicada foi Marimekko onde entram florais estilizados em looks all denim. A conhecida Gestuz apostou no delavê em modelos como o trech coat e calças com barras alongadas, com destaque para os ombros marcados. O denim bruto chama atenção em peças workwear com respingos de tinta na Baum und Pferdgarten e com a brincadeira de desfiados e franjas no jeans com fibras aparentes na Stem.

Fazendo um contraponto ao jeans raw ou em azuis mais claros, as marcas Alis e Fine Chaos trouxeram um visual dark e rocker em peças com a cara do verão, mas no black e com sobretingimentos como o vinho. A Alis traz inspiração do sportswear e da alfaiataria. A Fine Chaos vem com visual punk com recortes e mistura de tecidos, além dos marmorizados, ilhoses e cores como o verde na base preta. Espatulados e marcações surgem em bermudas e calças soltinhas.

Fonte: Vanessa de Castro | Foto: Divulgação

Por: anna

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