Indústria química apoia plano do governo contra tarifas, mas cobra mais negociação com os EUA

Para a entidade, pacote de socorro é um bom 'primeiro passo', mas a prioridade do Brasil deve ser a via diplomática para derrubar a taxação.

Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil. Planta piloto de tecelagem.Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil. Planta piloto de tecelagem. - CNI/José Paulo Lacerda

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) manifestou apoio ao Plano Brasil Soberano, o pacote de medidas lançado pelo governo fed... para socorrer as empresas afetadas pelas tarifas de 50% dos Estados Unidos. No entanto, a entidade ressaltou que, apesar de importantes, as ações de socorro devem ser acompanhadas por um esforço diplomático intenso para reverter a taxação.

Em nota, o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, afirmou que o plano é um "primeiro passo" crucial para mitigar os prejuízos e proteger a indústria nacional. Ele elogiou as medidas de apoio ao crédito e a reforma do sistema de garantias, que, segundo ele, modernizam o suporte à exportação.

A principal mensagem do setor, contudo, é que as medidas de socorro são paliativas. A solução definitiva, para a indústria química, passa pela reversão do "tarifaço" imposto pela gestão de Donald Trump.

"A Abiquim defende que o Brasil deve priorizar a negociação e o diálogo com os Estados Unidos. O setor privado e o governo precisam atuar juntos para restabelecer a normalidade nas relações comerciais e eliminar as barreiras que prejudicam a competitividade da indústria brasileira", afirmou Passos.

O setor químico é considerado a "indústria das indústrias", pois fornece insumos básicos para praticamente todas as outras cadeias produtivas, como plásticos, fertilizantes, têxteis, fármacos e automotiva. O aumento de custos gerado pelas tarifas sobre seus produtos tem um efeito cascata em toda a economia.

A posição da Abiquim reflete o sentimento de grande parte do setor produtivo brasileiro: um reconhecimento da necessidade das medidas de apoio do governo, mas com um forte apelo para que o foco principal continue sendo a frente diplomática para derrubar as sobretaxas.

https://jc.uol.com.br/economia/2025/08/15/industria-quimica-apoia-p...

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