Já o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, destacou a necessidade de atuar a nível europeu relativamente a produtos asiáticos, sobretudo das duas grandes plataformas Temu e Shein, “que de facto transformaram muito a entrada de produtos” têxtil.
A ATP referiu na quinta-feira entender as declarações de Castro Almeida “no espírito de reforçar a importância da construção de soluções que promovam a competitividade”. Neste sentido, adiantou que tem mantido articulação permanente com o Ministério da Economia e da Coesão Territorial no desenvolvimento de medidas que apoiem a indústria.
Ana Dinis sublinhou ainda que a competitividade resulta de múltiplos fatores, como os custos de produção, onde o da energia “continua a ser determinante”, e o potencial do mercado. “A ATP está empenhada em trabalhar lado a lado com o Governo para criar condições mais favoráveis, que reforcem a competitividade das empresas e, assim, a sua capacidade de continuar a investir, inovar, exportar e gerar emprego em Portugal”, reiterou.
Em 16 de setembro, a ATP alertou para as dificuldades vividas no setor devido à quebra n..., avisando que sem medidas como o lay-off simplificado e apoios à formação encerrarão cada vez mais “empresas viáveis”.
Quanto a “outras medidas, nomeadamente as linhas de crédito”, Ana Dinis afirmou que “não resolvem nada”, porque “as empresas que estão com dificuldades não vão fazer mais investimentos e endividar-se mais”.
Garantindo estarem em risco “boas empresas, muito bem organizadas, e não empresas de vão de escada”, a dirigente da ATP salientou que “os fortes investimentos que fizeram têm que ser pagos, mas quando há quebras na procura e não entra dinheiro é complicado”.