Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Talento para linhas e agulhas transformou o hobby da nutricionista em fonte de renda extra

Crescer vendo a mãe e a avó costurarem fez da nutricionista Simone Machado Silva, de 40 anos, uma pessoa apaixonada pelos tecidos. A família sempre foi adepta das linhas e das agulhas, mas Simone não assumiu o talento como profissão quando começou a trabalhar. Há dois anos, porém, a profissional da saúde resolveu complementar a renda familiar com a produção de patchwork, que representa hoje 20% do orçamento da família.

Simone, apesar de apaixonada e talentosa para a costura, formou-se em nutrição. Até 2009, tinha somente como atividade de lazer a personalização de camisetas com aplicação de retalhos, o conhecido patchwork. Como fazia o artesanato para presentear os mais próximos, amigos e familiares conheciam aos poucos seu trabalho com os tecidos. Até que surgiram os primeiros pedidos de compra.

A nutricionista decidiu, então, iniciar sua produção para vender camisetas personalizadas com patchwork. Autodidata, aprendia sozinha técnicas de aplicação por meio de revistas segmentadas e pelas pesquisas feitas na Internet. O negócio, que começou com pequenas encomendas foi bastante divulgado pela propaganda feita pelos amigos. As indicações aconteciam com frequência e a produção precisou aumentar.

O trabalho de Simone é transformar camisetas e regatas, dando forma a pequenos retalhos aplicados nas peças. Os moldes dos desenhos, feitos por ela, podem ser escolhidos pelos clientes, o que agrega mais valor ao seu produto e o torna exclusivo. “Ainda que a roupa e a estampa do tecido usado para o patchwork sejam iguais, cada cliente tem uma peça única. Dificilmente produzo moldes com o mesmo formato e estampa”, revela.

A família da nutricionista conta que já se acostumou com a mania de tecidos. Simone diz que o trabalho com patchwork a faz descobrir dezenas de armarinhos e lojas que vendem retalhos. “A gente passa a prestar atenção em todos os lugares para achar uma nova loja e poder comprar material diferente”, diz. Mas Simone conta que também ganha pedaços de tecidos de costureiras conhecidas e de algumas oficinas de costura que sabem do seu trabalho. “Quase não compro tecido por metro. Como o interessante do patchwork é a brincadeira com as diferentes estampas, costumo comprar mesmo pequenos pedaços. E ganho bastante material também. As costureiras não aproveitam os tecidos por inteiro, e o que é sobra para elas é matéria-prima para mim”, comenta.

Como a maioria dos artesãos, Simone decidiu expandir seu negócio por meio de uma  loja virtual . Associou-se a um portal de artesanato e recebe pedidos por lá. “Apesar de muitas vendas não se concretizarem direto pelo site, a página na internet aumentou a visibilidade do meu negócio e trouxe novos clientes”, declara a nutricionista. Ela não faz uso das redes sociais para divulgar seus produtos, mas tem uma espécie de vitrine no Flickr, com fotos da maioria das peças que produz.

A nutricionista transformou um hobby em renda extra. O talento com o trabalho manual faz a artesã transformar peças de roupas básicas em produtos exclusivos e personalizados. O empenho e dedicação de Simone mostraram que é possível descobrir uma fonte financeira alternativa. Hoje, o patchwork representa 20% dos ganhos da família, e continua sendo uma atividade prazerosa para ela.

Fonte:|http://rendaextra.terra.com.br/site/interna.aspx?id_conteudo=147

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