Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Menor que envenenou café ganhava pouco porque faltava, diz empresário

 

O dono da confecção de Santa Bárbara d'Oeste (SP), onde um adolescente de 17 anos colocou veneno de rato no café servido aos funcionários, rebateu as alegações do menor nesta quinta-feira (12). O rapaz disse em depoimento à Polícia Civil que ganhava menos que os outros colegas de trabalho e que teria cometido o crime porque se sentia menosprezado. Segundo o empresário de 58 anos, que preferiu não se identificar, as inúmeras faltas do ajudante geral justificam o baixo valor do salário. Ele também nega que o garoto sofresse bullying.
Na quarta-feira (11), dez funcionários de uma confecção foram intoxicados no café da manhã depois que o rapaz colocou veneno de rato em duas garrafas térmicas: uma com café e outra com leite. As pessoas passaram mal, foram levadas para o Hospital Afonso Ramos, fizeram exames e depois foram medicadas e liberadas.
O hospital informou que as vítimas absorveram uma quantidade pequena da substância, que era de baixa toxidade. Todos passaram por coleta de sangue na quarta-feira e devem ficar em observação doméstica por 72 horas. Os funcionários foram ao hospital durante a manhã desta quinta-feira para fazer novos exames de sangue, o que faz parte do período de observação, e que devem ser repetidos na sexta-feira (13).
Ele não sofria bullying
"Ele falou também sobre bullying. Sinceramente, isso é complicado. Todo mundo brinca com todo mundo, chama por apelido, mas isso não quer dizer que seja bullying. O pessoal chamava ele de Nordestino porque ele veio do Pará, mas isso é motivo para uma barbaridade dessas?", completou o dono da empresa.
Apesar do crime, o empresário elogiou o garoto. "Ele era esperto e ágil, mas ganhava pouco porque faltava muito. A folha de ponto do jovem está disponível para as autoridades", enfatizou o empresário. O adolescente trabalhava há cinco meses no local e se relacionava bem com os funcionários, ainda segundo o dono da confecção.
O empresário, por pouco, não tomou o café envenenado. "Eu também tomei o café, mas fui um dos primeiros e ele não havia colocado o veneno dentro da garrafa", disse. Pouco tempo depois, segundo ele, outros funcionários também tomaram o líquido e sentiram um sabor estranho na bebida. "Uma moça fez café com leite e disse que estava com gosto de terra. Foi aí que a gente achou estranho e vimos um pó amarelado em cima da pia", finalizou.
Menor segue apreendido
Segundo o delegado Romulo Gobbi, titular do 2º Distrito Policial (DP) da cidade, o menor continua apreendido em uma cela especial da cadeia de Sumaré (SP). "Nós vamos ouvir mais seis pessoas que também tomaram o café nesta quinta-feira", disse Gobbi.

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