Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Por Luiza Freitas
Estilista, Administradora e Consultora da Fashion Office


A tabela de medidas é, ainda hoje, uma grande interrogação para as confecções, varejo de moda e consumidores. São muitos os problemas gerados pela falta de padronização nessa área, como por exemplo: coleções com distorções entre os mesmos tamanhos quando há mais de um modelista freelancer, lojas virtuais que têm dificuldade em conquistar a confiança do cliente para uma venda online, consumidores que se vêem perdidos quando alguém pergunta “que tamanho você veste?”.

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – vêm investindo em pesquisa na tentativa de padronizar as medidas utilizadas em diversas áreas, incluindo o vestuário. Em 2009 a associação lançou a NBR 15800, como referência de medidas para vestibilidade de roupas para bebê e infanto-juvenil, e em 2012 lançou a NBR 16060 como referência para vestibilidade para homens corpo tipo normal, atlético e especial (forma “carinhosa” para se referir aos homens com aquela saliência na região abdominal). Essas normas são utilizadas nas modelagens masculinas e infantis disponibilizadas no Portal Clube Audaces. No entanto, o mercado feminino precisou aguardar um pouco mais para ter a sua normatização, justamente por ser o maior e mais complexo.

As tabelas de medidas femininas são tão variadas quanto as diferenças de medidas entre elas. No Colóquio de Moda de 2011 foi apresentada uma pesquisa comparativa entre as principais tabelas divulgadas nos livros de modelagem. Andressa Alves e Crislaine Gruber mostraram em seu estudo
Comparativo entre tabelas  que as diferenças podem chegar a 6,5 cm entre as tabelas quanto à mesma numeração. Em janeiro de 2015 o SEBRAE mostrou através de seu relatório trimestral que a discrepância de medidas entre as grandes marcas de vestuário podem ser ainda maiores, veja na imagem abaixo.

Fonte: SEBRAE


A normatização para vestibilidade do corpo feminino tem previsão de lançamento para 2015 como resultado do projeto SizeBR – Estudo Antropométrico Brasileiro, uma parceria entre o Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17), a ABNT e o SENAI CETIQT. Você pode conferir o resultado parcial dessa pesquisa (contendo apenas a região sudeste) clicando aqui.

Na tentativa de conquistar o cliente, apesar de tanta confusão, vão surgindo novas estratégias de venda do vestuário online. Há marcas que colocam apenas as medidas finais da roupa, outras informam as medidas da modelo que está vestindo a peça, e há aquelas que estão investindo nos provadores virtuais. Mas esse já será o assunto do nosso próximo post. Até lá!

Por Luiza Freitas
Estilista, Administradora e Consultora da Fashion Office

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Respostas a este tópico

  Consumidores que se vêem perdidos quando alguém pergunta “que tamanho você veste?”.

Cara Luiza

O Comitê de normalização têxtil e vestuário da ABNT agradece sua iniciativa de abordar o assunto de medidas que tanto causa dores a quem consome, a quem produz e a quem comercializa. A indicação de vestibilidade , já aplicada na norma de medidas infantis e na norma de medidas masculinas tem sido uma grande alternativa de venda pela internet, afinal o provador não está ali para comprovarmos, sendo assim a indicação para qual medida de corpo aquela roupa foi concebida é importante, assim vc quer uma calça hj os sites de e commerce te perguntam qual sua cintura e qual seu quadril, assim vc compra de forma mais confiável, com menor chance de trocas e devoluções.

A quem desejar conhecer o projeto de norma de medidas referenciais do corpo feminino, nos encaminhe um email(maria_adelina_pereira@hotmail.com) para o recebimento da situação atual das medidas femininas.

Att

EngªMaria Adelina Pereira

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