Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Citepe/PetroquímicaSuape inicia onda de demissões que pode atingir mais de cem funcionários

Complexo Industrial Químico-Têxtil PQS. Foto: Hélia Scheppa/Acervo JC Imagem.

Complexo Industrial Químico-Têxtil PQS. Foto: Hélia Scheppa/Acervo JC Imagem.

Sem conseguir atingir a meta de demissões voluntárias, a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe), que compõe o Complexo Industrial Químico-Têxtil PQS, no Complexo Portuário de Suape, iniciou o processo de desmobilização nesta segunda-feira (8). Dezesseis profissionais foram demitidos e o número pode chegar a 106 funcionários.

As demissões, porém, não fazem parte do Plano de Desligamento Voluntário, que teve adesão de 81 pessoas. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Ipojuca e Região, Rodrigo Rafael dos Santos, a meta da empresa é dispensar 187 trabalhadores até o dia 18 de junho.

 

Amargando prejuízos bilionários, a Citepe foi uma das empresas atingidas pelos escândalos de corrupção na Petrobras. A companhia contabilizou uma baixa de R$ 56,9 milhões devido à investigação da Lava Jato.

O balanço financeiro publicado pela empresa apontou prejuízo de R$ 2,66 bilhões em 2014 (1.132% maior do que o registrado em 2013).

FONTE: http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2015/06/08/citepe-inicia-onda-...

POR MARCELA BALBINO

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Uma pena termos uma empresa deste porte nesta situação, já que o estado de Pernambuco encontra-se carente de indústrias têxteis, ocasionada principalmente pela falta de competitividade do estado, fazendo com que grandes empresas procurem outros estados para estabelecer suas bases.

Lembro que no final da década de oitenta (não tenho precisão), o maior polo brasileiro (Americana - SP) de tecidos planos produzidos com filamentos sintéticos, começou a importar e tecer com filamentos da Ásia, basicamente Coréia e China.

Logo os fabricantes nacionais de PES descontinuaram ou reduziram a produção (Polienka, FIBRA, Hoechst, Rhodia...). Reparem no pedigree das empresas que não conseguiram competir com os asiáticos.

 

Passado esta fase, os asiáticos iniciaram a exportação de tecidos para o mercado brasileiro e os fabricantes nacionais de tecidos de poliéster e outros tiveram que importar tecidos cru (alguns 'muitos'), ou mesmo acabados e, obviamente, foram parando seus teares.

Logo os asiáticos iniciaram a exportação de roupas para os nossos grandes magazines  e muitos 'empresários' brasileiros ficaram sem mercado para seus tecidos importados e ... a triste história todos conhecem.

 

Fiz esta narrativa somente para opinar sobre a agonia da PQS. É óbvio que "alguém" pensou que, com dinheiro barato (BNDES) e a Petrobras como sócia, poderia 'peitar' o poderoso negócio de fibras sintéticas dos asiáticos, ledo engano.

 

Na minha modesta opinião, este foi o "x" da questão e o futuro da PQS está definido, operar com prejuízo ou encerrar suas atividades.

 

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