Para representande da indústria têxtil, setor levará de dois a três anos para recuperar mercado

[J. J. Torres]

Confira a entrevista com o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau, Ulrich Kuhn:

Foto: Artur Moser / Agencia RBS

 

Quais os efeitos da crise econômica no setor têxtil de Santa Catarina?

O setor têxtil catarinense se comportou até de forma positiva em relação ao nacional. O nacional demitiu 100 mil trabalhadores e Santa Catarina ficou com 10 mil. Este ano, contudo, a indústria vai ter de se readequar de acordo com a demanda, que vem caindo. Isto significa que as demissões desse ano vão superar as do ano passado, o que é muito penoso.

 A crise afeta hoje todos os setores. O têxtil tem causas específicas?

Queda da demanda. Não é nem mais a questão das importações. As vendas caíram por dois motivos: câmbio e demanda.

O que o governo deve fazer para neutralizar os efeitos da crise?

Precisamos ter uma direção. Temos um novo governo sem bússola e a economia precisa de um rumo. Hoje, estamos totalmente sem rumo.

Quer dizer: sem reversão da crise.

O cenário vai continuar assim. Por isso, a economia em 2016 será igual a 2015 e em 2017 temos uma interrogação.

O maior problema da crise está nas demissões?

Sem dúvida. É muito triste, muito penoso ter que demitir alguém. Dispensar um trabalhador já é muito delicado. Imagine demitir 300.

A crise não atrasa ainda mais o desenvolvimento tecnológico da indústria?

Sem dúvida. O Brasil, nos últimos anos, não conseguiu avançar na tecnologia como devia. O cenário atual é de não investimento, o que aumenta a defasagem tecnológica. Perderemos competitividade dos nossos produtos. O mais grave é que a indústria brasileira está recuando 10 anos.

Qual a expectativa dos empresários do setor têxtil?

Também estão desanimados e com a mesma sensação do negativismo que se abateu sobre o Brasil. Vamos precisar de dois a três anos para reconquistar o mercado externo. O que já se perdeu não se conquista de um momento para o outro. É mais fácil conquistar do que reconquistar.

É possível sair da crise sem a saída da Dilma da presidência?

Não, não tem como! O problema está na falta de confiança.

FONTE: http://dc.clicrbs.com.br/sc/colunistas/moacir-pereira/noticia/2016/...

por Moacir Pereira 

[adalberto oliveira martins filho]

já provaram sua total ingerência... agora temos que dar um basta...infelizmente nao temos lideres em nenhum segmento para uma movimentação eficaz!! a FIESP em 14 de dezembro já manifestou seu apoio total ao impeachment...e tem 131 associações ligadas a ela ( FIESP )  ...mas e daí??? o que saiu de concreto???mais uma politicagem barata de Skaf que tem suas pretensões politicas??

adalberto