Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

capa

Você já entrou numa loja de roupas infantis? Provavelmente você logo notará que as roupas são separadas em duas sessões: a das meninas – que são sempre em tons de rosa, com laços, flores, babados e brilhos – e dos meninos é formada por tons de azul, verde, estampas de foguetes, dinossauros, robôs e carros. Isso não te parece estranho? Para mim sim.

Em Pink and Blue: Telling the Girls From the Boys in America (“Rosa e Azul: diferenciando meninas de meninos nos EUA”), a historiadora Jo B. Paoletti conta que apenas na Primeira Guerra Mundial os tons pastel passaram a ser usados em bebês, já que antes disso era comum usar o branco independente do gênero.

Um detalhe importante: naquela época o rosa era dita como a cor dos meninos, por ser considerada “mais decidida e forte” e as meninas usavam azul, por ser visto como tom “mais delicado e amável”.

Em 2017 você pode notar que a sociedade inverteu as cores com o passar dos anos, mas ainda mantemos um padrão para moda infantil. No entanto, uma nova geração de crianças questionadoras vem fazendo a indústria da moda repensar seus produtos.

Foi o caso de Alice, de 5 anos e meio, que virou notícia após fazer este pedido para a Gap“Vocês podem fazer uma seção ‘cool’ de camisetas para as garotas? Ou vocês podem fazer uma seção que não seja ‘de meninos’ ou ‘de meninas”Como resposta, a Gap prometeu reunir seu time de criação para rever estas questões.

E vocês se lembram de Daisy? Ela e sua mãe estavam na loja britânica Tesco e gravaram um vídeo onde ela questiona a diferença entre as estampas para meninos e para meninos. EU AMO ESSE VÍDEO! ❤

PUC, marca brasileira de moda infantil, acabou de lançar uma coleção de peças básicas em parceria com Alexandre Herchcovitch, mostrando que não é difícil colocar essa ideia em prática. Em entrevista para a Elle, o estilista declarou: “A moda infantil sem gênero sempre existiu. Quando você pensa em moda básica é na maioria sem gênero. Para a faixa etária que a coleção foi concebida, os corpos de meninos e meninas ainda são muito parecidos, as modelagens são básicas, calças, camisetas em geral”.

ah

Estou torcendo para essa inciativa se espalhar pelas outras marcas. Na infância, a roupa precisa ser confortável, flexível e estimular a brincadeira, a fantasia e o aprendizado independente de gênero. Não é roupa para menino ou menina. É roupa para criança.

http://www.naocombina.com.br/os-primeiros-passos-para-uma-moda-infa...

Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI

Exibições: 363

Responder esta

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço