Retrospectiva 2017 – Fatos marcantes
Igualdade, sustentabilidade e empatia foram algumas das pautas mais frequentes em 2017. Com o mundo da moda despertando cada vez mais para a consciência social, as passarelas foram inundadas por mensagens políticas enquanto o mundo enfrentava tempos turbulentos. Veja abaixo algumas das transformações mais importantes que rolaram ao longo do ano:
Cultura Trans
2017 também foi o ano em que o conceito TRANS em todos os seus sentidos ganhou força na coletividade evocando seus mais variados aspectos: Transgêneros, Transparência, Transformação em uma sociedade de Transição. Movimento que permanecerá forte para as próximas estações mantendo a questão da diversidade em voga.
Pabllo Vittar. Saiba mais sobre o movimento Trans em: A Cultura TRANS, o movimento Transexual e seu impacto em uma socied... Já em relação a moda meia arrastão e referencias oitentistas também reinaram em 2017
Nomes que ganharam força na música e na moda e que traduzem a cultura trans, entretanto o movimento de se transformar tende a migrar para outras questões além do gênero
Grandes grifes dizem adeus ao uso de pele animal e buscam materiais alternativos
‘Peles não são modernas, são datadas’, declarou Marco Bizzarri, presidente da Gucci ao anunciar que a marca irá banir o material da sua cadeia de produção. Cada vez mais empresas enveredam pelo mesmo caminho, mostrando uma tendência mundial. O Net-A-Porter, um dos maiores varejistas de moda do mundo, também deixou de vender peles de animais em seu website no ano de 2017. O grupo Armani e marcas como Hugo Boss, Calvin Klein, Tommy Hilfiger e Ralph Lauren está no mesmo time, buscando alternativas sustentáveis e sem exploração para criar as suas peças.
Até mesmo o couro de origem animal está aos poucos sendo substituídos. Já existem alternativas feitas de vinho, abacaxi e até mesmo de algodão e látex, versão criada pela designer brasileira Flavia Aranha. Além disso, o reaproveitamento criativo de materiais e os impactos do descarte de resíduos criados pela indústria passa a ser amplamente discutido, com marcas buscando aplicar o conceito do desperdício zero.
Retrospectiva 2017: Zero Waste Daniel – Conheça o designer transfor...
Menos skinny jeans e mais conforto
Os jeans justinhos reinaram absolutos no coração e no armário das mulherada por muitos anos. No entanto, em 2017 vimos o modelo sofrer uma queda na popularidade e, de acordo com a WGSN, as passarelas registraram um aumento de 93% no lançamento jeans mais amplos, com modelagens diferenciadas como flare, pantalona, pantacourt e mom (aquele modelo clássico Levi’s 5...
Enquanto material, o jeans manteve-se forte no pódio de queridinho dos designers, que apostam nele até mesmo para criar peças com pegada alfaiataria. Na ala das tendências, o temido mix de jeans com jeans também voltou a despontar entre as celebridades e segue forte para o próximo ano.
Beleza: quanto mais natural, melhor!
O feminismo foi uma das pautas mais fortes do ano e teve reflexos bastante positivos na indústria. Gigantes do e-commerce, como a Asos, deixaram de retocar as estrias e celulites de suas modelos de biquíni, seguindo o movimento iniciado pela marca de lingerie Aerie. O corpo feminino passa a ser cada vez mais aceito, impulsionando a indústria da moda plus size.
A Target trouxe mulheres reais, sem retoques de photoshop e com direito a sorrisão para apresentar sua coleção de beachwear. Na Allure de julho, a modelo Halima Aden aparece sorridente, vibrando de orgulho ao ser a primeira capa da história da revista à usar um hijab.
Nas passarelas, a beleza dos desfiles deixou de ser marcada por contornos excessivos a la Kim Kardashian, dando espaço para rostos mais próximos ao real, com poucos retoques e um glow saudável, nada excessivo. Para as sobrancelhas, a moda agora é fugir dos fios excessivamente alinhados e apostar em um look mais selvagem, com os pelos ao natural.
Lanvin e Maison Margiela
Retrospectiva 2017 – Sobrancelhas ao natural foram destaque nas pas...
Mulheres maduras ganham destaque como modelos
Com 68 anos, a modelo Maye Musk se transformou em embaixadora da Covergirl, sendo oficialmente a mulher mais velha a ocupar esse posto em toda a história da marca. O ano de 2017 veio para provar que a idade é apenas um número, trazendo empoderamento para milhares de mulheres madurs que agora podem se ver representadas na grande mídia.
Maye Musk, embaixadora da Covergirl aos 68 anos.
Retrospectiva 2017 – Mulheres maduras se transformaram em modelos importantes no circuito internacional, provando que a idade é apenas um número.
A blogueira e professora universitária Lyn Slater, criadora do Accidental Icon, é outro expoente dessa mudança pela qual o mundo da moda está passando. Ela se transformou em uma das modelos mais comentadas do último ano após ser confundida com uma famosa na saída de um desfile da NYFW e hoje divide o seu tempo entre a carreira acadêmica e a vida de modelo/digital influencer.
DIY Mania: a febre da customização
A personalização foi outra palavra-chave do ano. Entre roupas e bolsas pintadas à mão e peças monogramadas, todos querem passar a sua mensagem. Essa tendência trouxe à tona a necessidade de verbalizar causas e transformar peças de consumo em massa em algo mais único e especial.
Pinturas exclusivas ajudam a personalizar ainda mais os acessórios. Essas da foto são da ilustradora Juliana Tang para a Arezzo.
Babado Forte!
Também foi o ano em que os babados tomaram de vez o espaço das franjas reinando de forma absoluta!