Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Quem trabalha com modelagem sabe que fazer um vestido com um bom caimento é um dos grandes desafios da profissão. A modelagem de vestido exige mais de sete medidas básicas e algumas complementares. Por isso o desenho de uma peça como esta é um dos trabalhos mais complexos. Mas existem tecnologias que ajudam muito neste processo.

Quando um vestido é feito sob medida é necessário definir as medidas de busto, cintura, quadril, comprimento de corpo frente e costas, entrecavas frente e costas, ombro, altura do seio, entre outras. Na modelagem industrial estas métricas seguem um padrão conforme o tamanho do vestido, e todo o processo de definição das medidas é facilitado com soluções como as desenvolvidas pela Audaces.

Diferentes tipos de vestido, como o clássico com alça, o chemisier com recorte, a peça com cavas modeladas, o vestido com bustiê e o de estilo bata exigem níveis de dificuldade e de trabalho específicos. Os programas para modelagem facilitam o processo porque cada medida nova que é inserida no vestido automaticamente altera o molde que será utilizado, otimizando o uso do tecido.

Uma pesquisa feita por Icléia Silveira, doutora em Design, e Giorgio Gilwan da Silva, mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento e doutorando em Design, e citada no boletim de tendências do SIS-Sebrae “Tecnologia Aliada à Modelagem” revelava que, já em 2011, 69% das empresas catarinenses, segundo maior pólo do país no setor têxtil e de vestuário, utilizavam sistemas CAD. Ou seja, 31% das empresas ainda executavam modelagem manual.

O uso da tecnologia varia bastante conforme a região do Estado. Enquanto 92% das pequenas empresas do setor na região Oeste utilizam sistemas CAD, este número reduz para 89% das empresas com este porte na região Sul, para 88% no Vale do Itajaí e para 44% na Grande Florianópolis. Mesmo que o uso da tecnologia seja variável dependendo do porte da empresa e da região, a tendência é de uma adoção cada vez maior da tecnologia no setor.

Mesmo que você trabalhe com modelagem industrial e com sistemas que facilitam o processo de modelagem de vestido, vale conferir algumas dicas e retomar alguns conceitos básicos para minimizar os erros e acertar em cada peça.

1. Modele levando em conta o seu público

Ainda que você utilize um programa para modelagem que já trabalhe com medidas básicas e sugira medidas complementares para diferentes tipos de vestido, é importante você levar em conta sempre o perfil do seu público. Os sistemas trazem as principais medidas para os diferentes tamanhos para facilitar a vida de quem vai fazer a modelagem de vestido, mas é possível personalizar diversas destas medidas.

Faça uso desta possibilidade após conhecer bem o perfil da sua cliente. A definição de medidas mais justas conforme o perfil dela fará toda a diferença na modelagem da peça e garantirá um caimento melhor do vestido. Na impossibilidade de tirar medidas cliente por cliente, o ideal é que você trabalhe com as mais comuns do público que é atendido por sua marca. Faça a modelagem partindo desta forma de corpo.

2. Atenção para cada nova medida

Uma medida diferente de circunferência de busto ou do quadril faz diferença no caimento do vestido e também na necessidade de tecido para a fabricação da peça. Por isso é importante estar atento para o efeito de cada nova medida e para a proporcionalidade que cada novo dado colocado no sistema terá no conjunto final do vestido.

Esteja atento às medidas para cada tipo de vestido, lembrando que um tubinho ou um trapézio pedem o mesmo comprimento de tecido, mas o tipo de corte exige quantidades diferentes de tecido e de detalhamento nas medidas.

Estes detalhes de cada estilo de vestido fazem com que cada mudança no comprimento, nas medidas de ombro, quadril e busto, por exemplo, signifiquem uma alteração grande na utilização do tecido, no corte e na costura. Os vestidos, mais do que qualquer outra peça feminina, pedem por uma valorização do corpo feminino, especialmente o quadril. Então esteja atento especialmente às medidas-chave para valorizar a silhueta de suas clientes.

3. Utilize ferramentas do sistema

Cada detalhe no cálculo de um vestido faz a diferença, seja ele curto ou longo. Os sistemas que auxiliam na modelagem de roupas apresentam ferramentas que facilitam na variação do modelo inicial conforme os outros tamanhos que serão confeccionados.

Utilize estas ferramentas para facilitar na elaboração de cada vestido e leve em conta cada área da peça que terá tecidos complementares ou diferentes – se for o caso. As ferramentas do sistema fazem o “trabalho duro” dos cálculos para que a peça tenha o melhor ajuste conforme as opções que você selecionou no sistema. Utilize bem este recurso, mas estando sempre atento aos detalhes de cada peça.

4. Atenção com as listras

A modelagem de vestido com cor lisa exige atenção nos detalhes das medidas para que o caimento seja perfeito. Mas quando trabalhamos com vestidos listrados, existe o complicador adicional de que nem todo tipo de listra funciona para toda silhueta da mulher.

Mescladas com tons neutros, as listras criam looks modernos e clássicos. Uma dica básica sobre elas é que se você quiser alongar um corpo, a listra mais indicada é a vertical. Em vestidos, as listras horizontais funcionam bem para quem está com a silhueta em dia. Mas elas não são proibidas para quem tem uma silhueta plus size. Neste caso, além de cuidar de uma modelagem mais soltinha, prefira listras verticais ou na diagonal.

http://www.audaces.com/4-dicas-para-acertar-na-modelagem-de-vestido/

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