Será que é possível uma grande líder de mercado sofrer de crise de identidade? Ao que tudo aponta, não só acontece como vem assolando a maior marca de lingerie do mundo: a Victoria’s Secret.
O ano de 2016 foi no mínimo tumultuoso para a empresa, que se viu tendo que mudar diversas estratégias. A primeira delas em relação ao seu best-seller: o sutiã push-up. Em uma época de tops de renda e muitos bralettes, a antes promotora do enchimento teve que convencer suas consumidoras que ter seios pequenos também é sexy.
Depois disso, foi a vez de enfrentar a pouca lucratividade de sua linha de moda praia, e decidir, de uma vez por todas, encerrar com a mesma. A L. Brands, grupo detentor da empresa, anunciou o fim das atividades de seu beachwear em maio, após as ações acumularem queda de quase 30%.
Fundada em 1977, a Victoria’s Secret construiu um patrimônio de 7,6 bilhões de dólares ao definir o padrão de moda íntima americano, seduzindo o público com muito mais do que lingerie, mas uma marketing cheio de fantasias e mulheres endeusadas.
E seu próprio estigma propulsor, as angels, podem ser as principais causas de tamanha crise. Em tempos de feminismo e diversidade, as mulheres buscam campanhas em que haja mais identificação — o que não encontram, de fato, na VS.
A prova de que a marca já percebeu que suas beldades podem ser a grande causa do colapso são as fotos mais recentes: ao anunciar a grande top que usaria o Fantasy Bra no Fashion Show deste ano, Jasmine Books, pela primeira vez a Victoria’s Secret cedeu imagens sem retoques, revelando as estrias da modelo (veja aqui).
A lição que fica é que mais do que anos de credibilidade, é preciso adequar-se ao contexto. E rápido, principalmente quando o mercado em questão é o de moda.
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