Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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ABIT Critica Posição da ABVTEX Sobre Tributação de Importados

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT) divulgou nota oficial nesta quarta-feira (31) em resposta à posição da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX) de repúdio o aumento de tributação sobre os importados.

A nota da ABIT explica que a “ad REM” é uma forma de tributação das importações criada no Brasil por meio da Lei nº 11.727/08 em alternativa ou complemento com a forma “ad valorem” e que é um instrumento usado na importação de produtos agrícolas na Europa, EUA e Japão, por exemplo. Já os Estados Unidos e a Suíça utilizam amplamente sobre produtos industrializados.

“O uso destes instrumentos por estes países não provocou o retrocesso em suas relações internacionais”, observa a nota da Associação, acrescentando que trata-se de mecanismo de fundamental importância para coibir práticas irregulares de comércio, como, principalmente, o subfaturamento, não provocando aumento do imposto a ser recolhido sobre operações legítimas. Portanto, não afeta os preços finais dos produtos que são importados de forma correta.

Os dados agregados divulgados pela ABVTEX, destaca a ABIT, indicam que a participação dos importados no varejo de vestuário nacional é de apenas 8%. Em sendo verdade, fica claro que quem produz e vende com preços competitivos é a indústria brasileira.

Por outro lado, estes 8%, mesmo que seja considerado correto, esconde profundas variações entre os diversos segmentos de vestuário. A participação de itens importados como suéteres, blazers, camisas, ternos, jaquetas, está muito acima deste percentual. Declarações recentes do próprio varejo de grande superfície indicam percentuais na faixa de 18% a 20% da participação de importados em suas redes de lojas.

Desindustrialização

A ABIT diz que sobre a desindustrialização é preciso corrigir os dados divulgados pela ABVTEX. “É preciso considerar que os índices de crescimento de 2010 estão influenciados pelo comparativo a uma base deprimida que foi o ano de 2009, ano da pior fase da crise internacional (até o momento)”.

O crescimento da indústria têxtil em 2010, medido pelo IBGE, com base na produção física, foi de 4,33%, o que não compensou a queda de 6,38% ocorrida em 2009.

Com relação à indústria do vestuário e acessórios, o crescimento em 2010 foi de 7,17%, também não compensando a queda de 7,86% ocorrida em 2009.

Com relação às vendas reais do varejo, em volume, tecidos, vestuário e calçados medido pelo IBGE, em 2009 houve um decréscimo de 2,72%, bem inferior a queda da produção, e em 2010, houve um crescimento de 10,62%, bastante superior ao crescimento da indústria.

Fonte:|http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=53681

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ABVTEX apresenta dados para tentar "mascarar" a verdadeira realidade da massiva entrada de produtos importados já acabados.

ABIT fez seu papel de proteger as indústrias do setor, que cada vez mais sofre com a concorrência desleal.

Esperamos que os grandes magazines (Renner/C&A/Riachuelo) voltem a ter os volumes de compra nacional dos anos de 2007/8 com a qualidade dos produtos que só o Brasil pode oferecer.

Nota Oficial da ABIT
Em resposta ao comunicado enviado pela ABVTEX repudiando o aumento de tributação sobre os importados, a ABIT comenta o que segue Ad Rem: “Ad Rem é uma forma de tributação das importações criado no Brasil por meio da lei 11.727/08 em alternativa e/ou complemento com a forma [ad valorem].

Instrumento comumente usado na importação de produtos agrícolas na Europa, EUA e Japão, por exemplo. Estados Unidos e Suíça utilizam amplamente sobre produtos industrializados.

O uso destes instrumentos por estes países não provocou o retrocesso em suas relações internacionais.

Trata-se de mecanismo de fundamental importância para coibir práticas irregulares de comércio, como, principalmente, o subfaturamento, não provocando aumento do imposto a ser recolhido sobre operações legítimas. Portanto, não afeta os preços finais dos produtos que são importados de forma correta.

Impacto na inflação- Medido pelo IPCA, a inflação do vestuário de julho de 1994 a julho de 2011 foi de 179% contra uma inflação geral de 287%. Importantes índices de custo da empresas, subiram muito mais do que isso, como a energia elétrica que acumula 519% de inflação neste período. Ou seja, nenhum segmento que compõe o calculo do IPCA, incluindo alimentos, teve variação de preços menor do que o vestuário.

Por ser um setor muito competitivo e que tem investido cerca de US$ 20 bilhões nos últimos 15 anos, foi possível levar ao consumidor produtos confeccionados cada vez melhores com preços cada vez mais favoráveis a sociedade brasileira.

Participação dos importados no varejo nacional -Os dados agregados divulgados pela ABVTEX indicam que a participação dos importados no varejo de vestuário nacional é de apenas 8%. Em sendo verdade, fica claro que quem produz e vende com preços competitivos é a indústria brasileira.

Por outro lado, estes 8%, mesmo que seja considerado correto, esconde profundas variações entre os diversos segmentos de vestuário. A participação de itens importados como suéteres, blazers, camisas, ternos, jaquetas, está muito acima deste percentual. Declarações recentes do próprio varejo de grande superfície indicam percentuais na faixa de 18% a 20% da participação de importados em suas redes de lojas.

A ABIT sempre se posicionou favorável ao comércio internacional equilibrado, justo e leal. Não é o que vemos neste momento, com toda a incerteza que o mundo vive, onde as nações asiáticas - com destaque para o maior produtor exportador que é a China- mantêm suas moedas desvalorizadas de maneira artificial o que caracteriza uma competição desleal e que desequilibra das estruturas tarifárias consolidadas na OMC.

Desindustrialização- Sobre este tema, é preciso corrigir os dados divulgados pela ABVTEX: é preciso considerar que os índices de crescimento de 2010 estão influenciados pelo comparativo a uma base deprimida que foi o ano de 2009, ano da pior fase da crise internacional (até o momento).

O crescimento da indústria têxtil em 2010, medido pelo IBGE, com base na produção física, foi de 4,33%, o que não compensou a queda de 6,38% ocorrida em 2009.

Com relação à indústria do vestuário e acessórios, o crescimento em 2010 foi de 7,17%, também não compensando a queda de 7,86% ocorrida em 2009.

Com relação às vendas reais do varejo, em volume, tecidos, vestuário e calçados medido pelo IBGE, em 2009 houve um decréscimo de 2,72%, bem inferior a queda da produção, e em 2010, houve um crescimento de 10,62%, bastante superior ao crescimento da indústria.

A razão fundamental dessa diferença é facilmente encontrada no grande crescimento das importações de produtos têxteis e confeccionados. No vestuário, o crescimento das importações em volume foi de 8,9%, em 2009, e de 38, 8%, em 2010.

Com relação a 2011, o quadro se grava de forma profunda. A produção física da indústria têxtil de janeiro a julho caiu 14,4% e a do vestuário 3,03%. Já as vendas do varejo de janeiro a junho, crescem fisicamente 7,84%. As importações por sua vez cresceram 40,9% de janeiro a julho de 2011 comparado ao mesmo período de 2010.

Considerando apenas o mês de julho de 2011 contra julho de 2010, a queda da produção têxtil é de 20,89% e da confecção de 13,88%. A importação de vestuário neste mesmo período cresceu 48,85%.

Os números acima mostram com clareza que estamos, sim, vivendo um processo de desindustrialização que vem se acelerando em função de causas internas brasileiras e de competição desleal com países que manipulam suas moedas e não têm, como o Brasil tem, preocupações ambientais, sociais, trabalhistas e previdenciárias.

Quanto ao avanço dos serviços na participação do PIB dos países na medida que eles se desenvolvem, realmente é um fenômeno que ocorreu em algumas economias que hoje se arrependem amargamente de terem destruído seus parques industriais por conta de uma teoria que mostrou ser equivocada. Estamos vendo agora nos países desenvolvidos que procuram se reindustrializar para recuperar suas combalidas economias. Não acreditamos que a ABVTEX queira para o Brasil aquilo que está se sucedendo nas economias desenvolvidas, onde a taxa de desemprego em países como a Espanha supera 20% e entre os jovens é ainda maior atingindo taxas de 40%.

A ABIT afirma: a indústria têxtil e de confecção brasileira é competitiva e portadora de futuro, investindo permanentemente em novos produtos, tecnologia, inovação, design,etc. Não tememos a concorrência desde que feita de forma leal e equilibrada. Representamos mais de 30 mil empresas que empregam direta e indiretamente cerca de 8 milhões de pessoas.

É com este ativo fundamental que enfrentaremos todos os desafios para que a quinta maior indústria têxtil e quarta maior indústria de confecção do mundo avancem ainda mais no ranking dos produtores mundiais”, conclui a nota.

Fonte:|http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=171109

A Abvtex é uma organização com o objetivo de avaliação  das empresas nacionais com relação á capacitação de fornecimento do produto nacional para a rede de varejo,avaliando  inclusive ,mão de obra escrava , salubridade daquela empresa ,capacitação de produção e qualidade etc.Se é um orgão fiscalizador desta natureza eu pergunto : NAO É ANTAGONICO ESTA MESMA ORGANIZAÇÃO ,ESTAR CONTRARIA  AS LEIS  DE PROTEÇAO E SOBRETAXAÇÃO DA INDUSTRIA  COM RELAÇÃO AOS TRIBUTOS IMPOSTOS RECENTEMENTE PARA AO PRODUTO IMPORTADO ??

Texto constante no site da ABVTEX:

"O Programa de Qualificação de Fornecedores para o Varejo - ABVTEX tem por objetivo permitir ao varejo qualificar e monitorar seus fornecedores quanto às boas práticas de responsabilidade social e relações do trabalho. Prevê a realização de auditorias independentes para o monitoramento de práticas, compromissos e aspectos de gestão ligados aos seguintes temas: trabalho infantil, trabalho forçado ou análogo ao escravo, trabalho estrangeiro irregular, liberdade de associação, discriminação, abuso e assédio, saúde e segurança do trabalho, monitoramento e documentação, compensação, horas trabalhadas, benefícios, monitoramento da cadeia produtiva e meio ambiente."

O conteúdo do programa é lindo, é ótimo e acho de extrema importância a sua aplicação.

Agora, com todo esse conteúdo, ainda assim defender a importação de produtos de países que todo o mundo sabe como é produzido, é, no mínimo, uma insanidade.

Não se deseja o Brasil como uma ilha no mundo. Muito longe disso. A competição é extremamente importante para o avanço de nossa economia.

O que se deseja é apenas ISONOMIA!!! Competição com igualdade de condições.  Não pode haver um monte de exigências para a indústria nacional e fazer vistas grossas para o que é fabricado lá fora.

O que a ABVTEX está fazendo é exatamente isso: VISTAS GROSSAS!

Nessa discussão, não há dúvida alguma de que a ABIT tem muito mais preocupações com o Brasil e com os brasileiros do que a ABVTEX, ainda que tardia.



Textile Industry disse:

Nota Oficial da ABIT
Em resposta ao comunicado enviado pela ABVTEX repudiando o aumento de tributação sobre os importados, a ABIT comenta o que segue Ad Rem: “Ad Rem é uma forma de tributação das importações criado no Brasil por meio da lei 11.727/08 em alternativa e/ou complemento com a forma [ad valorem].

Instrumento comumente usado na importação de produtos agrícolas na Europa, EUA e Japão, por exemplo. Estados Unidos e Suíça utilizam amplamente sobre produtos industrializados.

O uso destes instrumentos por estes países não provocou o retrocesso em suas relações internacionais.

Trata-se de mecanismo de fundamental importância para coibir práticas irregulares de comércio, como, principalmente, o subfaturamento, não provocando aumento do imposto a ser recolhido sobre operações legítimas. Portanto, não afeta os preços finais dos produtos que são importados de forma correta.

Impacto na inflação- Medido pelo IPCA, a inflação do vestuário de julho de 1994 a julho de 2011 foi de 179% contra uma inflação geral de 287%. Importantes índices de custo da empresas, subiram muito mais do que isso, como a energia elétrica que acumula 519% de inflação neste período. Ou seja, nenhum segmento que compõe o calculo do IPCA, incluindo alimentos, teve variação de preços menor do que o vestuário.

Por ser um setor muito competitivo e que tem investido cerca de US$ 20 bilhões nos últimos 15 anos, foi possível levar ao consumidor produtos confeccionados cada vez melhores com preços cada vez mais favoráveis a sociedade brasileira.

Participação dos importados no varejo nacional -Os dados agregados divulgados pela ABVTEX indicam que a participação dos importados no varejo de vestuário nacional é de apenas 8%. Em sendo verdade, fica claro que quem produz e vende com preços competitivos é a indústria brasileira.

Por outro lado, estes 8%, mesmo que seja considerado correto, esconde profundas variações entre os diversos segmentos de vestuário. A participação de itens importados como suéteres, blazers, camisas, ternos, jaquetas, está muito acima deste percentual. Declarações recentes do próprio varejo de grande superfície indicam percentuais na faixa de 18% a 20% da participação de importados em suas redes de lojas.

A ABIT sempre se posicionou favorável ao comércio internacional equilibrado, justo e leal. Não é o que vemos neste momento, com toda a incerteza que o mundo vive, onde as nações asiáticas - com destaque para o maior produtor exportador que é a China- mantêm suas moedas desvalorizadas de maneira artificial o que caracteriza uma competição desleal e que desequilibra das estruturas tarifárias consolidadas na OMC.

Desindustrialização- Sobre este tema, é preciso corrigir os dados divulgados pela ABVTEX: é preciso considerar que os índices de crescimento de 2010 estão influenciados pelo comparativo a uma base deprimida que foi o ano de 2009, ano da pior fase da crise internacional (até o momento).

O crescimento da indústria têxtil em 2010, medido pelo IBGE, com base na produção física, foi de 4,33%, o que não compensou a queda de 6,38% ocorrida em 2009.

Com relação à indústria do vestuário e acessórios, o crescimento em 2010 foi de 7,17%, também não compensando a queda de 7,86% ocorrida em 2009.

Com relação às vendas reais do varejo, em volume, tecidos, vestuário e calçados medido pelo IBGE, em 2009 houve um decréscimo de 2,72%, bem inferior a queda da produção, e em 2010, houve um crescimento de 10,62%, bastante superior ao crescimento da indústria.

A razão fundamental dessa diferença é facilmente encontrada no grande crescimento das importações de produtos têxteis e confeccionados. No vestuário, o crescimento das importações em volume foi de 8,9%, em 2009, e de 38, 8%, em 2010.

Com relação a 2011, o quadro se grava de forma profunda. A produção física da indústria têxtil de janeiro a julho caiu 14,4% e a do vestuário 3,03%. Já as vendas do varejo de janeiro a junho, crescem fisicamente 7,84%. As importações por sua vez cresceram 40,9% de janeiro a julho de 2011 comparado ao mesmo período de 2010.

Considerando apenas o mês de julho de 2011 contra julho de 2010, a queda da produção têxtil é de 20,89% e da confecção de 13,88%. A importação de vestuário neste mesmo período cresceu 48,85%.

Os números acima mostram com clareza que estamos, sim, vivendo um processo de desindustrialização que vem se acelerando em função de causas internas brasileiras e de competição desleal com países que manipulam suas moedas e não têm, como o Brasil tem, preocupações ambientais, sociais, trabalhistas e previdenciárias.

Quanto ao avanço dos serviços na participação do PIB dos países na medida que eles se desenvolvem, realmente é um fenômeno que ocorreu em algumas economias que hoje se arrependem amargamente de terem destruído seus parques industriais por conta de uma teoria que mostrou ser equivocada. Estamos vendo agora nos países desenvolvidos que procuram se reindustrializar para recuperar suas combalidas economias. Não acreditamos que a ABVTEX queira para o Brasil aquilo que está se sucedendo nas economias desenvolvidas, onde a taxa de desemprego em países como a Espanha supera 20% e entre os jovens é ainda maior atingindo taxas de 40%.

A ABIT afirma: a indústria têxtil e de confecção brasileira é competitiva e portadora de futuro, investindo permanentemente em novos produtos, tecnologia, inovação, design,etc. Não tememos a concorrência desde que feita de forma leal e equilibrada. Representamos mais de 30 mil empresas que empregam direta e indiretamente cerca de 8 milhões de pessoas.

É com este ativo fundamental que enfrentaremos todos os desafios para que a quinta maior indústria têxtil e quarta maior indústria de confecção do mundo avancem ainda mais no ranking dos produtores mundiais”, conclui a nota.

Fonte:|http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=171109

 

Parabens ABIT !!!! vcs realemnete estão sendo fantasticos!!!!!é essa posição que todas as entidades tem que ter!!! os n]s mostram....a economia mostra!!!  e o governo vai ficar surpreso no balonço do 3º trimestere, onde verá a arrecadação despencar de patamares nunca vistos!!!! infelizmente é esta a verdade!!!  e ainda ninguem falou dos importados moveleiros!!!!  somente produto importado é o que está vendendo!!!! 

o mesmo que aconteceu com a europa, e estados unidos,  ...está acontecendo com o Brasil!!!! atualmente ja temos empresas brasileiras que ""montaram empresas"" ou desenvolveram parcerias com a china...a materia prima vai para a china e retorna o produto acabado!!!! caramba!!!!geramos emprego para a asia....nao há preocupaçao com o social do Brasil!!!  o grupo COTEMINAS faz isto!!!! e com dinheiro do BNDS !!!! cacete.....e de forma legal!!! a ganancia é exagerada!!!!

adalberto

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