A formação foi ministrada pela Refrigeração Ambiente, empresa com 27 anos de atuação e referência em projetos de climatização para laboratórios voltados ao setor algodoeiro. Michael de Oliveira, sócio-proprietário da empresa, reforça que, devido às características físicas do algodão — que é higroscópico, ou seja, absorve ou perde umidade conforme o ambiente —, é imprescindível que as análises ocorram em ambientes com controle rigoroso de temperatura e umidade. “O conhecimento técnico ajuda a mitigar e resolver os problemas antecipadamente”, explica.
O workshop também contou com a participação da Contemp, especializada em sensores e controladores. A empresa apresentou as tecnologias utilizadas no monitoramento e controle de temperatura e umidade, componentes fundamentais para o desempenho adequado das salas climatizadas.
Treinamento segue normas internacionais
Segundo Deninson Lima, especialista em análise de pluma do CBRA, os parâmetros de climatização seguem as normas internacionais ASTM D1776 e ISO 139, que orientam as condições ambientais ideais para ensaios têxteis. “Essas normas definem as faixas adequadas de temperatura e umidade relativa, que precisam ser rigorosamente mantidas para garantir a reprodutibilidade e a confiabilidade dos resultados entregues pelos diferentes laboratórios participantes do SBRHVI” explica.
Para Renato Marinho de Souza, gerente do Laboratório de Análises da Ampasul, o workshop teve um papel estratégico no aprimoramento técnico das equipes. “Esse tipo de capacitação é fundamental para que os laboratórios possam melhorar a segurança, eficiência e qualidade dos ambientes climatizados. Além disso, ambientes mais bem controlados também contribuem para a saúde ocupacional dos nossos colaboradores”, afirma.
Já Eduardo Oliveira, também sócio da Refrigeração Ambiente e responsável pela condução do curso, destacou que as boas práticas levam à otimização dos sistemas de climatização — tema central dos conteúdos abordados. “Essa otimização permite melhorar o uso de recursos e reduzir o consumo de energia, impactando diretamente os custos operacionais dos laboratórios”, afirmou.
Sobre o PQAB
O conteúdo técnico do curso foi estruturado para atender às demandas práticas do cotidiano dos laboratórios e levou em consideração apontamentos feitos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), dentro do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB). O PQAB é a certificação oficial do governo federal que atesta os indicadores de qualidade do algodão nacional, tendo como base o SBRHVI — sistema desenvolvido pela Abrapa — somado à certificação da amostragem e ao controle externo realizado por fiscais do Mapa.
https://abrapa.com.br/2025/05/09/abrapa-realiza-workshop-tecnico-so...