Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Estar tão longe e ao mesmo tempo tão próximo dos holofotes. Interessante poder observar a distância e assumir o papel de um drone, sem nem mesmo sair do chão. Apenas observar o 1º ID Fashion, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. Enquanto os modelos enfrentam secadores e pincéis, o público aguarda ansioso na fila, com um look escolhido especialmente para a ocasião, embora muitas vezes não assuma. 
Impressionante a quantidade de informações que há nos bastidores. Aqueles que trabalham atrás do espetáculo e muitas vezes nem aparecem, mas que fazem a diferença. É o caso da assessoria de imprensa, dos maquiadores, cabeleireiros, camareiras, produtores, fotógrafos e bookers, por exemplo. Não ser o centro das atenções e mesmo assim fazer parte da história. 
Entre os profissionais que estão a trabalho, o jeans e a camiseta prevalecem, para eles e para elas. A grande maioria das mulheres opta pelo salto alto. Por outro lado, algumas preferem o conforto e a praticidade da sapatilha, para estar com o pé intacto até o final da programação, geralmente próximo das 23 horas. 
As pessoas gostam e querem ver moda, nem que para isso precisem aguardar horas na fila. Vale até assistir aos desfiles em pé. Como o evento aconteceu no MON, o espaço era restrito, então muitos assistiram em pé e outros nem conseguiram entrar no espaço da passarela, por falta de lugar, mesmo com o credenciamento prévio. Embora gratuito e aberto ao público, o cadastramento era necessário para evitar transtornos. 
Em geral, as pessoas passam despercebidas, exceto aquelas que desejam ser alvo de olhares. Os tímidos podem se tranquilizar, porque os olhos buscam aqueles que realmente querem se destacar, seja pelo corte e cor de cabelo ou pelo penteado, pela make up, pelas tatuagens, pela escolha das peças ou pelo acessório pouco discreto. Apenas uma dica: evite vestido cor de pele, exceto se parecer estar nua não seja um incômodo. No mínimo, fica estranho. 

Menos glamour e mais trabalho
Trabalhar com moda não é tarefa fácil. É preciso lidar com a crítica e com a aceitação do consumidor, caso contrário a coleção perde a função inicial, que é vender. A moda lida com vaidades, com egos que podem fortalecer ou detonar parcerias. Aceitar os "nãos" é a melhor alternativa. Uma modelo, por exemplo, fez três de quatro desfiles do dia. 
No último, ela não foi selecionada porque era uma marca de lingerie e essa modelo tem pouco busto, mas isso não foi motivo para incomodá-la. Há espaço para todos os biótipos, exatamente como mostrou o Size BR, do Senai Cetiqt, do Rio de Janeiro, que promoveu uma interação sobre o estudo antropométrico que mostrou o tipo de corpo dos visitantes. 
Menos glamour e mais agulha, linha e tesoura. Quem passou pelo User Experience ou Experiências com a Moda e estava em dúvida se seguiria nesta área, saiu de lá decidido. O estande mostrou o que acontece por trás da indústria da moda e possibilitou a interação, permitindo que o visitante experimentasse o processo de criação e construção de um produto, do início à finalização da peça, numa iniciativa do curso de Design de Moda do Senai. 
Os participantes vivenciaram os processos de desenho, modelagem, corte, costura, estamparia e expedição, fugindo do que algumas pessoas idealizam. Menos charme e mais trabalho. E agora? O evento acabou, mas a cobertura não encerra por aqui. Aguarde mais nas próximas edições. 

http://www.jornaldebeltrao.com.br/noticia/237386/adeus-id-fashion

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