Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Entrar na moda e vestir a coleção primavera-verão este ano vai custar mais para os consumidores mato-grossenses. Com preços cerca de 20% mais caros, as roupas mais leves e floridas que já enfeitam as vitrines das lojas em vários pontos comerciais foram reajustados depois das oscilações no mercado do algodão. A commodity, que chegou a ter valor dobrado do início do ano em relação a 2010, sofreu algumas quedas e os tecidos também acompanharam as variações, mas não voltaram aos patamares anteriores.

Nas de lojas de tecidos e de roupas é unânime que esta é a coleção preferida dos mato-grossenses, até mesmo em decorrência do clima na região. Empresários se preparam para atender a demanda e reforçam estoques e produção, mesmo diante dos preços mais elevados. Proprietário de uma fábrica de confecções e presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário de Mato Grosso (Sindivest/MT), Sérgio Antunes, revela que deverá produzir até 25 mil peças por mês este ano, 40% a mais do que na coleção primavera-verão do ano passado.

Segundo ele, as roupas de inverno quase não têm relevância para a produção local, até porque o frio não costuma perdura muitos dias no Estado. Mas, para as roupas das estações mais quentes a demanda costuma crescer consideravelmente. Na fábrica dele, para conseguir atender os pedidos, ele também aumentou o quadro de funcionários em 40%.

Com relação aos preços, Sérgio Antunes revela que os tecidos chegaram a ficar até 80% mais caros nos primeiros meses deste ano, mas que depois que o algodão teve uma acomodação no mercado internacional, os valores voltaram a cair e, em média, estão de 15% a 20% mais caros. Aos consumidores, ele afirma que o repasse também será semelhante.

Dono de uma loja de tecidos na Capital, João Carlos Couraça conta que em média, com os aumentos e reduções de preço, este ano os produtos estão até 45% mais caros. Assim como acontece com as roupas prontas, Couraça revela que a partir dos próximos meses as vendas tendem a crescer bastante. “Com as festas de fim de ano e até mesmo pelo apelo da moda, os tecidos desta época saem muito mais. É o melhor período para o setor em Mato Grosso”.

Para suprir os pedidos dos consumidores, João Carlos Couraça conta que as encomendas estão fechadas e que a partir de outubro os estoques estarão preparados.

Nas lojas de roupas a conversa é a mesma. De acordo com a proprietária de uma empresa do ramo em shopping de Cuiabá, Aldenilza Nunes de Barros, as peças desta coleção estão chegando até 25% mais caras, mas que o reajuste variou de um fornecedor para outro. Como conta, estas são as roupas mais acolhidas pelo público e por isso os valores mais altos não deverão ter impacto negativo sobre as vendas.

A vendedora de uma outra loja, Valquíria Marques, revela que as roupas da nova coleção já começaram a chegar e com este clima quente os clientes já estão a procura dos modelos. Assim como na concorrência, Valquíria conta que os preços também foram revistos e deverão custar em média 20% a mais para os consumidores.

Fonte:|http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=46289

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