Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A China pode ainda ser mais conhecida pelas suas falsificações do que pelas suas criações de moda, mas a alta-costura “made in China” está a conquistar cada vez mais adeptos no país e os designers chineses ousam já dar os primeiros passos na passerelle internacional.

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Os designers chineses estiveram no centro da Semana de Moda de Hong Kong para o Outono-Inverno 2012/2013, aproveitando os quase 2.000 expositores de 26 países e regiões para deixarem a sua marca.

«A China tem sido a fábrica do mundo há já algum tempo», afirma o designer chinês Qi Gang, cujas criações apresentaram cores vivas, lantejoulas, pelos e penas. «Mas à medida que a nossa economia se desenvolve, estamos também a tornar-nos num país de marcas famosas, grandes marcas. Esta tendência é imparável», acredita.

Qi, que descreve os seus estilos como «sexy e extravagantes», está a lucrar com a crescente riqueza da sua vasta nação, cujo crescimento económico tem sido afetado por uma economia mundial enfraquecida mas que ainda assim registou um acrescimento de 8,9% no quarto trimestre em comparação com o ano anterior. A sua marca SCfashion registou um volume de negócios de 47 milhões de dólares (35,7 milhões de euros) no ano passado e a sua cadeia de lojas na China aumentou de 25 para 40.

Qi faz parte de uma crescente geração de designers chineses que inclui Uma Wang, Qiu Hao e Ma Ke, cuja marca de «exceção» é conhecida como a coisa mais parecida com uma marca de luxo que a China tem.

«Os designers chineses estão definitivamente a marcar o seu território», considera Craig Lawrence, um designer de vestuário em malha sedeado no Reino Unido, que vaticina que a China deverá beneficiar das ações das capitais de moda ocidentais, como Paris, para se tornarem mais mundiais.

«Estão a colocar a sua marca na plataforma internacional porque esta Fashion Extravaganza [a passerelle da Semana de Moda de Hong Kong] é uma tal mistura de pessoas internacionais e há muita imprensa de todo o mundo que ajuda a criar buzz», acrescenta.

Embora as marcas internacionais ainda dominem os mercados de luxo, as marcas locais têm a vantagem de “jogar em casa”, indicou a investigadora de moda Angelia Teo, diretora de conteúdo da WGSN na Ásia-Pacífico. «Muitos dos designers chineses irão ficar muito satisfeitos e com muito retorno se centrarem os seus negócios de um ponto de vista doméstico, simplesmente porque há muito apetite por isso», acrescenta, sublinhando que os consumidores locais estão a desenvolver um sentido de estilo sofisticado. «Começamos a ver que os chineses estão a tornar-se mais nacionalistas na forma como compram. Por isso querem comprar algo que seja chinês, querem comprar a estética de design com que cresceram. Os designers chineses estão a responder a essa necessidade», conclui.

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/40516/xmview/...

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Respostas a este tópico

Fiquei pensando nos comentários do Tadeu Bastos Gonçalves - - - e me pergunto: Será que eles já não estão lá? quero dizer, no SPFS?

Olhando as fotos dos modelitos, quantos deles vocês acham que USARAM APENAS TECIDOS FABRICADOS NO BRASIL?



Tadeu Bastos Gonçalves disse:

Era só o que estava faltando. Daqui a pouco eles vem para a SPFW e abrem lojas na Oscar Freire.

Ai iremos recitar: no princípio eles vieram e levaram os judeus, eu não era judeu, não me preocupei; depois eles voltaram e levaram os padres. Eu não era padre, não me preocupei...

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