Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Após campanha, Zara se compromete a eliminar produtos tóxicos de suas roupas até 2020

Manifestantes protestaram em frente a lojas de todos o mundo
Foto: Greenpeace

Após alcançar mais de 320 mil assinaturas em uma campanha para cobrar da Zara a desintoxicação de seus produtos, acusados de conter substâncias tóxicas, a organização não governamental Greenpeace anunciou que a grife espanhola assumiu na quinta-feira, 29 de novembro, o compromisso de eliminar todos os lançamentos de produtos químicos perigosos de sua cadeia de fornecedores até 2020.

A resposta da Zara veio com apenas oito dias depois do lançamento da campanha Detox Greenpeace, que divulgou o relatório Fios tóxicos: o grande remendo da indústria da moda, acusando a grife de utilizar produtos químicos tóxicos na confecção das roupas e possuir “cursos-d'água públicos, que estão sendo tratados como se fossem esgotos particulares”. Além das assinaturas virtuais, mais de 700 pessoas foram às ruas protestar nas fachadas das lojas da Zara em todo o mundo, de acordo com a ONG.

Exigências

Para começar a cumprir com o compromisso, a Inditex, grupo do qual a Zara faz parte, deve exigir que os seus 20 fornecedores divulguem seus dados de poluição às comunidades próximas já em março de 2013. Outros 100 fornecedores devem fazer o mesmo até o final de 2013, incluindo informações sobre os corantes azóicos, que são cancerígenos.

Além disso, a Zara está reforçando a proibição de APEO’s e promete estabelecer cronogramas ainda mais curtos para eliminar outros produtos químicos perigosos, como os PFC’s.

A Zara é a oitava marca a se comprometer a eliminar a liberação de produtos químicos perigosos em toda sua cadeia de fornecimento e em seus produtos desde que o Greenpeace lançou a campanha Detox, em 2011. A campanha exige que as marcas de moda se comprometam a não liberar nenhum produto químico perigoso no ambiente até 2020 e que exijam que seus fornecedores divulguem todos os lançamentos de produtos químicos tóxicos de suas instalações no local da poluição da água para as comunidades.

“O Greenpeace parabeniza a Zara pelo compromisso de fazer moda sem poluir. Se a maior varejista de moda do mundo pode mudar, não há desculpa para que as outras marcas não limpem suas cadeias de fornecimento”, destaca no site da ONG Martin Hojsik, coordenador da campanha Detox do Greenpeace Internacional.

“As pessoas têm o direito de saber com o quê os seus rios estão sendo poluídos e quais são os produtos químicos perigosos em suas roupas. A Zara assumir o compromisso de agir de forma mais transparente é um marco na maneira como as roupas são fabricadas e será a chave para forçar que mais marcas se comprometam com a poluição ‘zero’ de produtos químicos perigosos até 2020”, ressaltou Li Yifang, campaigner sênior de tóxicos do Greenpeace Ásia.

Fonte: EcoD

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