Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Apesar da concorrência asiática, setor têxtil brasileiro segue investindo

46% de crescimento nas importações de máquinas têxteis, no primeiro quadrimestre, mostra confiança do setor, apesar de todas as assimetrias com os asiáticos.

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) mais uma vez apoia a Semana Oficial da Moda Brasileira, a São Paulo Fashion Week (SPFW). Considerada a quinta maior semana de moda do mundo e a maior plataforma da América Latina para a divulgação do design e da criatividade brasileira, o evento acontece entre os dias 13 a 18 de junho (segunda a sábado), na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. " Apesar de todas as dificuldades que o setor vem enfrentando, com défict recorde, alta no preço do algodão, avalanche de importados, volta da inflação e início de demanda mais reprimida, é preciso valorizar nosso produto cada vez mais e ter confiança no futuro, como estão fazendo os empresários que continuam investindo na modernização de suas fábricas" declara Aguinaldo Diniz Filho, presidente da ABIT.

O Setor realizou, neste mês de junho, duas reuniões com a Frente Parlamentar Têxtil José de Alencar, em Brasília, para levar as medidas mais urgentes para o governo. Na última reunião, com o Ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, a ABIT entregou uma proposta concisa para o fortalecimento imediato das Confecções. " Para fortalecer o elo da confecção, que impulsionaria toda a Cadeia, é preciso ampliar o Simples, desonerar a folha de pagamento e exigir dos produtores asiáticos as mesmas regras que os empresários brasileiros têm que cumprir, dentre elas, índices de tratamento de efluentes, não empregar mão de obra infantil, não utilizar corantes azoicos, colocar etiquetas com composição e razão social, dentre tantas outras exigências que os produtos importados não cumprem" explica Diniz Filho.

Balanço do Quadrimestre: o déficit- De janeiro a maio deste ano, o crescimento do déficit na balança comercial do setor têxtil e de confecção foi de 46,2%(excluída a fibra de algodão), em relação ao mesmo período do ano passado. As importações no período cresceram 33,5% e as exportações tiveram um tímido aumento: 4,3%. O déficit acumulado de janeiro a maio de 2011 está acumulado em US$ 1,89 bilhão (excluída a fibra de algodão).

O volume de exportações de janeiro a maio de 2011 foi de 116,9 mil toneladas, com um aumento de 3,1%, nas 120,7 mil toneladas registradas de janeiro a maio de 2010.

Já os dez estados que mais receberam produtos estrangeiros, em valor (importações), nos primeiros cinco meses do ano foram: Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraíba e Bahia e os dez estados que mais venderam produtos brasileiros, em valor (exportações), no mesmo período, foram: São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Em relação ao comércio com outros países, os dez que mais receberam produtos brasileiros, em valor, de janeiro a maio de 2011 foram: Argentina, Estados Unidos, Venezuela, Paraguai, Colômbia, Holanda, Uruguai, México, Chile e Peru e os dez que mais exportaram para o Brasil, no mesmo período, foram:China, Índia, Indonésia, Argentina, Estados Unidos, Coréia do Sul, Taiwan (Formosa), Bangladesh, Tailândia e Itália.

Emprego e Produção Física- No mês de abril de 2011, a geração de empregos no setor têxtil e de vestuário foi de 4.893 contra 10.092 gerados no mesmo período de 2010. O acumulado foi de16.536 (de janeiro a abril de 2011) ante os 36.161, de janeiro a abril do ano passado.

Quando comparado o primeiro trimestre deste ano com igual período do ano passado, houve um crescimento de 4,58% na Indústria de transformação, número superado pelo segmento do vestuário, que registrou alta de 9,62%. O setor têxtil nãoteve o mesmo desempenho e completou o período em queda de 7,12%.

De janeiro a abril de 2011 houve uma queda de 11,61% no segmento Têxtil e um crescimento muito pequeno, de apenas de 0,38% , no Vestuário , se comparado ao mesmo período do ano anterior .

Varejo e Investimentos- De janeiro a abril de 2011 houve um desempenho positivo de 7,34% em volume de vendas e de 14,54% em receita nominal, ambos em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em termos de investimentos, o desembolso do BNDES foi de R$ 330,1 milhões de janeiro a março de 2010, contra R$ 301,2 milhões de janeiro a fevereiro deste ano. A participação do setor variou de 1,29% para 1,2% em relação ao total do desembolso realizado pelo BNDES.

No que tange a importação de máquinas e equipamentos, do primeiro quadrimestre do ano passado para o mesmo período deste ano, houve um crescimento de 46,57%,passando de US$204 mi para US$ 299 mi.

Inflação e a questão do algodão- A inflação, com índice no vestuário, tanto para o IPCA quanto para o IPC foram respectivamente, de 0,42% (abril) e 1,19% (maio) e de 0,68% (abril) e 1,1% (maio).

Nos últimos seis meses, a indústria brasileira de produtos têxteis e confeccionados foi alvo do mais rápido e contundente processo de aumento de custos e de elevação de suas necessidades de capital de giro que se tem notícia. Isso porque, nesse período, o preço doméstico do algodão, seu principal insumo, subiu aproximadamente 115%, enquanto que o preço médio de venda desta indústria permaneceu praticamente constante. Considerando-se os últimos doze meses (fevereiro de 2011 a fevereiro de 2010), o aumento do algodão foi de 177%.

“Para aliviar a grave situação vivida no mercado brasileiro de fibras de algodão precisamos criar, em caráter de urgência, um mecanismo de financiamento para empresas de todos os portes para compra de fibras de algodão. Temos ainda outras questões prioritárias,como a desoneração profunda e imediata de todos os elos da cadeia produtiva têxtil e de confecção; a criação de um mecanismo de estabilização de preços que dê previsibilidade à indústria do valor pela qual ela pagará sua matéria prima num horizonte razoável de tempo e a elaboração de mecanismo que garanta o abastecimento total do mercado interno consumidor de fibras de algodão”, enfatiza Diniz Filho.

Fonte:|revistafator.com.br|

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Respostas a este tópico

Tem que investir e continuar pedalando porque se parar cai!

Deixou de investir durante tanto tempo que se não fizer agora,não o farão nunca mais porque o mercado externo vai engolir nosso mercado.

Vamos que vamos!

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