Unindo moda e arte, a Vicunha criou o projeto batizado “Customizart”, programa com peças confeccionadas em índigos e brins da tecelagem e customizadas por estilistas e artistas de diferentes e técnicas. Jaquetas e coletes serviram de telas para que os criadores usassem diferentes materiais e técnicas, como tinta a óleo, pedraria, tapeçaria, pop e street art. Alguns dos convidados da empresa para tal intervenção são Ivan Campaña, da Espanha, José Muñoz, do Uruguai, e os brasileiros Mozart Fernandes, Vitor Mizael, Idelza Digiere, Juliana Santos e Lorran Augusto. As obras estão expostas no showroom da indústria, em São Paulo, e devem permanecer no local por mais dois meses, segundo a assessoria de imprensa da Vicunha.
“Nossa proposta é abordar o panorama multicultural da moda e das artes visuais trazendo referências de diferentes estilos e origens e fazendo uma conexão com nossos produtos.”, explica Renata Guarniero, gerente de marketing da empresa.
Veja o conceito e resultado dos trabalhos desses talentos da arte e da moda que participam do projeto Customizart:
1st Avenue, de Ivan Campaña
A jaqueta de corte feminino com mangas princesa feita com o índigo Blaine recebe texturas delicadas nas mãos do artista espanhol, “acariciando as formas da mulher que sabe de sua feminilidade”, segundo ele.
A inspiração do jovem artista uruguaio é a América do Sul e a Cordilheira dos Andes que atravessa quase todo o continente. Muñoz inovou ao aplicar a técnica de bordados na jaqueta confeccionada com o brim Fênix Premium, trabalho não tão familiar a ele, que foi se aperfeiçoando à medida que prosseguia.
Vejo, de Mozart Fernandes
Com uma série de lambes-lambes colados pelas ruas em mais de 30 países, Mozart Fernandes pinta o universo feminino, suas dores e amores, levando sua inspiração à moda. Sobre a sarja Madrid 100% algodão, base da jaqueta, o artista alerta sobre a violência contra a mulher. Mozart tem como parceira de criação Mônica Rodrigues Fernandes, juntos são os criativos da Vértices Cenografia Arte e Design.
Nós, de Vitor Mizael
A leveza da jaqueta de sarja (Fênix Premium) branca é o pano de fundo para o trabalho preciso do bordado das imagens dos pássaros, “utilizados como metáforas de nossa própria existência, evocando a sensação de liberdade”, explica o artista.
Juliana Santos
A brasileira que faz sucesso em Nova York com sua marca de peças customizadas HOMJ (House of Mother Joana), também foi convidada pela Vicunha. A jaqueta de base Blaine tem o tom rocker underground da Big Apple, cenário que inspira a designer a criar suas peças para um público cool e irreverente, formadores de opinião que procuram estilo próprio.
Blondie, de Lorran Augusto
O designer tem sua própria marca Lorran Augusto, baseada nas bombshells, de personalidade forte que acredita na união entre o sexy e a elegância. O colete confeccionado com o índigo Blaine da Vicunha recebe uma proposta glam-rock anos 80, com pedrarias bordadas à peça, demonstrando a feminilidade e presença marcante da mulher. Os fechamentos foram arrematados com botões de metal em ônix mantendo ainda o contraste entre o “rocker” e o estilo “ladylike”.
Break the Lines de Angels Le Four
A artista plástica espanhola Angels Le Four criou a jaqueta de forma a associar a peça à luta e rebeldia, e escreveu as palavras “quebrar as linhas”, uma declaração clara e direta.A ideia é enfrentar as barreiras infinitas que cercam a todos, impondo limites a tudo. "Quebrar as Barreiras" é o slogan que visa a revitalização da paleta de cores infinitas e possibilidades que o mundo tem para oferecer.
