Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Thiago Leon

Tentativa de venda de bens avaliados em R$ 937 mil será em 18 de maio; Coopertêxtil quer liberar a área para produção

Arthur Costa
São José dos Campos

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai leiloar 168 bens da antiga Tecelagem Parahyba, de São José, avaliados em R$ 937 mil.
O montante arrecadado no leilão marcado para o dia 18 de maio será usado para quitar uma dívida de quase R$ 500 mil da empresa referente a um financiamento feito junto ao BNDES para tentar salvar a Tecelagem, uma das mais tradicionais empresas da cidade, fundada em 1949 e extinta em 1995.
Os bens estão em desuso e não têm relação com a atual Coopertêxtil, cooperativa que assumiu a produção da fábrica com o fechamento da Tecelagem Parahyba.
“São produtos muito antigos e que não são usados pela cooperativa. Muitos equipamentos são da década de 50. Para nós, esse leilão será até bom, pois teremos mais espaço para aumentar nosso parque industrial”, afirmou o diretor-presidente da Coopertêxtil, Paulo Roberto Palmeira.
Entre os bens a serem leiloados estão centrífugas, máquinas de costura, de vaporização, desfiadeiras, entre outros equipamentos.
Questionado sobre quem poderia adquirir equipamentos tão antigos, Palmeira disse torcer para que alguém apareça no leilão.
“Acabamos assumindo esses equipamentos, que são sucata e que tomam espaço de vários setores”, disse o diretor-presidente da Coopertêxtil.
Atualmente, a cooperativa atua em área de cerca de 56 mil metros quadrados, que representa um terço do total da área da Tecelagem Parahyba.

Problemas. A Coopertêxtil vive a expectativa de assumir o controle do imóvel onde atua.
Como garantia pelo pagamento de dívidas oriundas de ICMS (Imposto Sobre Operações de Mercadorias e Serviços) atrasado, a então Tecelagem ofereceu ao governo do Estado seu imóvel.
No entanto, segundo Palmeira, o imóvel foi comprado pelos trabalhadores da cooperativa junto à empresa, como forma de perdoar dívidas trabalhistas referentes à rescisão dos demitidos com o encerramento das atividades em 1995.
A cooperativa alega que já foi notificada de 113 processos envolvendo dívidas trabalhistas e ordem judicial para pagamento de ICMS da época da Tecelagem Parahyba.
O deputado estadual Hélio Nishimoto (PSDB) negocia junto ao governo do Estado o repasse do imóvel à Prefeitura de São José. “O Estado não tem interesse na área”, defende o parlamentar.

 

SAIBA MAIS

Dívida

Financiamento não quitado feito pela antiga Tecelagem Parahyba junto ao BNDES culminou no leilão de bens

Sucata
Bens a serem leiloados são da década de 50 e não são utilizados desde 1995

Novos donos
Coopertêxtil assumiu a produção do local com o encerramento das atividades da

Novas dívidas

Cooperativa reclama da ligação de dívidas da Tecelagem com a Coopertêxtil. Imóvel da fábrica é motivo de disputa

Fonte:|http://www.ovale.com.br/nossa-regi-o/bens-da-tecelagem-v-o-a-leil-o...

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