Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Buettner, de Brusque, tenta superar crise financeira

Empresa deve pagar nesta sexta-feira parte dos salários atrasados dos funcionários

 

A Buettner, tradicional fabricante de artigos de cama, mesa e banho anunciou ontem que entrou com pedido de recuperação judicial na vara comercial de Brusque. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), assinado pelo presidente da empresa, João Henrique Marchewsky, a justificativa foi a "séria crise que se instalou no setor têxtil, a qual teve repercussão especialmente significativa sobre as empresas catarinenses".

 

Na nota, a Buettner diz ainda que espera "superar a situação de crise econômico-financeira, preservando-se a atividade empresária e, via reflexo, saldar o passivo existente". Segundo o último balanço divulgado, publicado em 20 de abril, a companhia encerrou 2010 com prejuízo líquido de R$ 60,433 milhões, ante um lucro de R$ 58,012 milhões em 2009. O patrimônio líquido estava positivo em R$ 72,433 milhões.

 

Os empréstimos e financiamentos somavam R$ 64,773 milhões em 31 de dezembro de 2010, sendo que R$ 31,457 milhões já estavam vencidos e outros R$ 26,183 milhões com vencimento até junho de 2011. A empresa ainda reportou queda de 20,9% na produção e de 22,1% nas vendas no ano passado em comparação com o anterior.

 

No relatório da administração que acompanha o balanço, a empresa informa que "sob o histórico de um setor dependente das exportações, a companhia teve, no ano 2010, dificuldades ainda maiores para o desempenho de suas atividades. A captação de novos recursos para o capital de giro e o repasse dos custos em virtude de aumento de preços das matérias-primas se mostrou impraticável".

 

No início do ano, Marchewsky já havia comentado que parte dos trabalhadores da fiação estavam de licença porque a produção tinha sido desacelerada. Com 1,3 mil funcionários em outubro do ano passado, a Buettner entrou 2011 com apenas 950, concedendo férias e licenças para equilibrar a situação provocada pela alta do algodão. Na época, Marchewsky tinha a expectativa de a situação se normalizaria a partir de maio, o que não aconteceu.

 

A Buettner deve depositar nesta sexta-feira parte dos salários atrasados dos funcionários. O pagamento segue o cronograma negociado com o sindicato laboral da categoria após a greve de três dias no fim do mês passado. Desta vez, será depositado o valor restante do salário referente ao mês de março e o saldo para os funcionários que tiraram férias em fevereiro. Conforme a negociação, na segunda-feira a empresa deverá divulgar um cronograma do pagamento referente ao salário de abril.

 

JORNAL DE SANTA CATARINA

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Buettner entra com pedido de recuperação judicial

SÃO PAULO – A Buettner, tradicional fabricante de artigos decama, mesa e banho, anunciou hoje que entrou com pedido de recuperação judicialna vara comercial de Brusque, Santa Catarina, onde fica a sede da companhia.

“A medida se justifica em função da séria crise que seinstalou no setor têxtil, a qual teve repercussão especialmente significativa sobreas empresas catarinenses”, afirma a companhia em breve comunicado enviado àComissão de Valores Mobiliários (CVM).

Com a ação, a Buettner espera “superar a situação de criseeconômico-financeira, preservando-se a atividade empresária”.

Segundo o último balanço divulgado pela Buettner, publicadoem 20 de abril, a companhia encerrou 2010 com prejuízo líquido de R$ 60,433milhões, ante um lucro de R$ 58,012 milhões em 2009. O patrimônio líquidoestava positivo em R$ 72,433 milhões.

Os empréstimos e financiamentos somavam R$ 64,773 milhões em31 de dezembro de 2010, sendo que R$ 31,457 milhões já estavam vencidos eoutros R$ 26,183 milhões com vencimento até junho de 2011.

A empresa ainda reportou queda de 20,9% na produção e de22,1% nas vendas no ano passado em comparação com o anterior.

“Ainda sob o histórico de um setor dependente dasexportações, a companhia teve no ano 2010 dificuldades ainda maiores para odesempenho de suas atividades. A captação de novos recursos para o capital degiro e o repasse dos custos em virtude de aumento de preços das matérias primasse mostrou impraticável”, afirma o relatório da administração que acompanhou obalanço.

 

FONTE: O VALOR

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