Depois de ter três filhos e perceber que o gasto com roupas para eles era alto, o casal Aline, 28, e David Buosi, 32, resolveu investir no setor. Abriu a KG Moda Infantil por Kilo, em 2014, e passou a vender roupas infantis por quilo.
"Trabalhávamos com a revenda de carros batidos. Comprávamos em leilões, reformávamos e vendíamos. O setor deixou de ser atrativo e, com a chegada de nossos filhos, vimos uma oportunidade na área de vestuário. Só que queríamos agregar um diferencial, por isso optamos pela venda por quilo", diz a empresária.
Aline afirma que conhecia outras lojas que vendiam roupa por quilo. No entanto, a maioria, segundo ela, estava localizada no interior do Estado de São Paulo. Por isso resolveu investir nesta forma de comercialização.
Atualmente, a empresa tem três lojas, duas na capital paulista e uma em Osasco (região metropolitana de São Paulo). No ano passado, a rede faturou R$ 2,67 milhões e, segundo a empresária, 40%, ou seja, R$ 1,06 milhão desse total, foi o lucro do negócio.
Para 2016, ela espera um crescimento de 20% no faturamento.
O quilo da roupa básica, de algodão e outros tecidos mais simples para usar no dia a dia, custa R$ 209,90 e o da roupa premium, para usar em festas e passeios, com renda, bordado e aplicações, sai por R$ 229,90.
Quando o cliente compra mais do que um quilo de roupa, ele ganha 20% de desconto, segundo a empresária.
As lojas da rede vendem peças das marcas Elian, Malwee, Brandili, Trick Nick e Romitex. A numeração vai de recém-nascidos ao 18 (infantojuvenil).
Segundo Cássio Ferraro, consultor de marketing do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), a empresa que trabalha com a venda de roupa por quilo deve ser bem criteriosa no cálculo do preço.
"As peças que pesam mais geram mais lucro porque é preciso ter menos unidades para chegar a um quilo. No entanto, ela pode perder dinheiro com as mais leves, que exigem quantidade."
Para ele, é preciso oferecer um mix de produtos que equilibre a compra. "Se o cliente selecionar somente roupas de marca, consequentemente mais caras, e leves, a empresa pode ter prejuízo. Por isso o ideal é que a venda contemple os dois tipos de peça, ou seja, leves e pesadas, caras e baratas."
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