Citi diz que Hermès pode superar Louis Vuitton como maior marca de luxo

[Romildo de Paula Leite]

Hermès tem potencial para ultrapassar a Louis Vuitton, marca principal da LVMH, nos próximos anos, como a maior marca da indústria de luxo em volume de negócios, dizem os analistas do Citigroup Inc.

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Hermès - outono-inverno 2024/2025 - Womenswear - França - Paris - ©Launchmetrics/spotlight

As vendas da fabricante das bolsas Birkin devem atingir o nível “simbólico” de 20 mil milhões de euros (21,3 mil milhões de dólares) até 2027 ou antes, escreveu Thomas Chauvet numa nota datada de 12 de abril – um marco que a Louis Vuitton alcançou em 2022. A Hermès gerou uma receita de 13,4 mil milhões de euros em 2023.

“A Hermès desfruta de um dos perfis de crescimento, margem e fluxo de caixa mais previsíveis da indústria do luxo”, disse Chauvet. O analista destacou a estratégia de preços da empresa francesa, que varia entre preços acessíveis e ultraluxuosos, o seu controlo sobre a distribuição e as oportunidades de crescimento em categorias que vão para além do couro, como vestuário, relógios, joias e artigos para mesa.

Embora tenha havido preocupações sobre uma desaceleração na procura de artigos de luxo após um boom pós-pandemia, as ações da Hermès tiveram um desempenho superior ao das ações de bens de luxo, com um ganho de 20% até agora este ano. Um indicador que acompanha a indústria subiu apenas 6,8% no mesmo período, enquanto que a LVMH subiu 8,2%.

As ações aumentaram 1,8% na segunda-feira, 15 de abril, aproximando-se do preço-alvo da Chauvet de 2.350 euros. Tem uma classificação neutra para a Hermès desde o início da cobertura em 2020.

A Hermès é considerada mais isolada de uma recessão no setor, devido à sua exposição a clientes muito ricos e a um modelo de negócios único que é impulsionado pela escassez. A empresa deve divulgar uma atualização sobre as vendas do primeiro trimestre a 25 de abril.

O conglomerado LVMH é o maior grupo de luxo do mundo, com as suas 75 marcas que fabricam produtos que vão desde bolsas a champanhe. Os analistas do HSBC estimam que a Louis Vuitton sozinha gera cerca de 50% da rentabilidade da LVMH e é responsável por 26% das vendas.

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