Muito popular nos blogs relacionados a moda e estilo, o look do dia como assim conhecemos na internet se tornou uma ferramenta muito usada nos meios digitais. Tal como para divulgar lojas e novas coleções, muitas blogueiras de moda o utilizam em parcerias ou para divulgação pessoal. Mas eu não vou postar look do dia, vamos falar brevemente sobre o surgimento do look.
A moda tem por efeito a renovação das formas, segundo Landowski, que constitui uma cadeia ou ciclo de produção, artigos, comunicação, comércio e indústria. Todo esse conjunto exige uma postura corporal designada também como aparência específica, convencionalmente chamado look.
A palavra look foi introduzida após a Segunda Guerra Mundial após o advento do New Look de Christian Dior (1905-1957). Tal conceito é datado bem antes de Dior, ligado especificamente ao pai da alta-costura Charles Worth e a figurinista Lucile – ambos ingleses – atendiam diferentes públicos e inclusive membros da realeza e do meio artístico. Vendo a necessidade de fazer roupas que servissem perfeitamente em sua clientela, Worth passou a tirar suas peças do cabide e a expô-la com moças contratadas para esse fim, desenvolvendo assim o desejo em sua clientela. Mais tarde Lucile em sua atuação como figurinista no teatro de revista Ziegfeld Follies passou exibir a concepção de showgirl onde o papel era apenas “parecer” bonita (“look” Beautiful) tudo através de um conjunto como penteado, vestido, maquiagem tudo estudado para exibição.
Fonte: Google Imagens
Lady Duff-Gordon, conhecida como Lucile, organizava no jardim de seu Atelier “paradas de manequins” , uma introdução ao que hoje podemos chamar de desfile de moda. Com as novidades apenas expostas em croquis, bonecas e cabides, a modelo viva permitiu ao cliente ver tridimensionalmente a roupa, caimento de tecido, fluidez de movimento. A moda jamais foi a mesma depois da introdução da modelo viva.
Fonte: Google Imagens
A união das linguagens da moda e gestualidade vem desde então ofertando através de combinações pré-programadas de apresentação corpórea (corpo vestido) , tornando assim os looks um parecer pré-fabricado.
Somos sujeitos manipulados para vestir, seduzidos. O valor que damos a um determinado look está relativamente ligado a sensibilidade e raciocínio do consumidor, através de investimentos de projeções sobre o look. O consumidor passa então a querer usar para poder ser. Pois somente aderindo ao look ele estará apto socialmente por “estar na moda”.
Fonte: Moda é Comunicação - experiências, memórias, vínculos. Carol Garcia & Ana Paula de Miranda.
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