Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Confecção do Futuro: De Oficina Têxtil a Centro de Excelência

Para inovar no elo mais sensível da cadeia, só criando uma "Confecção do Futuro". Ou seja, uma planta industrial têxtil de última geração, com modelo de negócio baseado em conceitos inovadores. O projeto que leva esse nome é um dos principais da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit) para 2014. O objetivo é selecionar, projetar e colocar em operação a tal "Confecção do Futuro", que servirá de referência aos empresários do setor como unidade de demonstração. "A ideia não é só gerir, mas criar ativos escassos. Ou seja, aspectos difíceis de copiar, como relações entre empresa, clientes, fornecedores e centros de pesquisa, ou mesmo a marca, que faz parte desse conceito mas não é necessariamente uma inovação", explica Caetano Ulharuzo, especialista em projetos da ABDI.

A iniciativa é parte de um trabalho realizado desde 2007 entre ABDI, Abit, o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Senai (Senai Cetiqt) e o Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), para estabelecer estratégias para a indústria têxtil em 15 anos (2008-2023), sinalizar tendências e formular um plano que aumente a competitividade do setor têxtil e de confecção brasileira, destaca Ulharuzo. Foi quando se chegou à conclusão de que o elo mais importante dessa cadeia é o de confecção – apesar de ser o mais fraco de todos.

"Dada a não-internacionalização dessa cadeia de valor, (esse elo) é o mais importante para sua sobrevivência: ele é comprador de todos os insumos dos elos anteriores, bem como utilizador de grande parte dos serviços de beneficiamento existentes", ressalta.

Sylvio Napoli, coordenador da área de tecnologia e inovação da Abit, fala mais sobre a importância de aplicar conceitos inovadores "no elo mais fraco", porém "mais importante", mas sob outro aspecto: segundo ele, 80% dos trabalhadores dessa cadeia precisam de "ingredientes que melhorem seu patamar" para que ele se profissionalize. Em resumo, a ideia é aplicar conceitos de tecnologia da informação dentro de um processo que hoje é feito manualmente.

"O trabalho de costurar é antigo, mas é preciso mudar os conceitos e atualizá-lo. Além de alterar processos, como corte de tecidos, foi delineada a necessidade de criar uma escola para a costureira saber trabalhar na frente do computador. Ou seja, inserir automação para melhorar processos, qualidade dos produtos, reduzir custos e até 'resgatar a autoestima' desses profissionais, que se tornarão mais qualificados", acredita.

Como funciona – A "Confecção do Futuro" envolve consultoria especializada em projetos de manufatura e instalação de unidades produtivas, que inclui representantes do Senai Cetiqt. O projeto se divide em quatro etapas (definição conceitual da "Empresa de Confecção do Futuro"; apresentação de conceitos a empresários e seleção de interessados; entrevista e seleção; elaboração de estudo de viabilidade técnica e econômica futurista e implantação do empreendimento) e deve acontecer ao longo de um período de 12 meses, com recursos da agência.

"As modernizações que pretendemos alcançar vão desde vendas pela internet, conexão com redes de inovação industrial e institucional, postura mercadológica ofensiva, atuação global, gestão profissionalizada, certificação e design incorporado ao modelo de negócios, entre outros. A expectativa é que essa "Confecção" seja diferenciada da tradicional, tanto em modelo de negócio como em gestão, processo e produto", ressalta Ulharuzo. Segundo ele, o projeto está em andamento, mas ainda será constituída a comissão avaliadora para selecionar a empresa.
http://www.abit.org.br/n/confeccao-do-futuro-de-oficina-textil-a-ce...

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Diante de tudo acima escrito, e, muito bem explanado, com uma bela retórica, argumentos bem fundamentados e informações atualizadas, registro aqui meu protesto, indignação e descrença ao que foi dito.
Pergunto: EM QUE ISSO IRÁ ME AJUDAR ? (QUERO RESPOSTA, NA PRÁTICA).
Trabalho no ramo de confeção desde 1999, entretanto, jamais vi uma crise no setor, se estabelecer tão fortemente. Para piorar, sem nenhum apoio governamental ou de órgãos ligados ao setor têxtil.
Se alguém tem respostas às minhas indagações e soluções, que me fale!
Já empreguei muitos...
Hoje, eu quero um emprego! Não só um emprego para me encostar, mas para colocar em prática todo conhecimento adquirido ao longo dos anos, em prol da empresa.
Hamilton.

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