Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Conheça alternativas para tornar a produção do jeans mais sustentável

Quais são as marcas e as técnicas que procuram diminuir o impacto negativo sobre o meio ambiente da roupa mais democrática do planeta.

Look da Damyller: lavagem feita com ozônioLook da Damyller: lavagem feita com ozônio — Foto: Thiago Justo

O jeans não é mais o mesmo — e isso é muito bom. O tecido mais democrático do planeta, patenteado em 1873 pelos americanos Jacob Davis e Levi Strauss, costuma ser apontado como um dos vilões da moda sustentável. Porém, isso está mudando. Às vésperas do Dia dos Pais, versões mais sustentáveis da peça entram no radar: é isso que pregam marcas como Damyller, Eze e Yes I am Jeans.

No embalo da data, a Eze Denim, da carioca Cláudia Schiessl, prepara sua primeira cápsula masculina. “Vou lançar um modelo 100% algodão e outro de hemp, este mês. Ambos também vestem mulheres”, conta. Ela lista as fibras mais sustentáveis: “De algodão com cânhamo, recicladas e de algodão com liocel”. Com uma fábrica misto de ateliê — “na qual emprego mão de obra local” —, também faz peças sob medida. “Para todos os corpos e gêneros”, ressalta.

Da segunda geração da catarinense Damyller, Damylla Damiani trabalha para que o produto siga com s

Eze Denim: cânhamo com algodão — Foto: Divulgação Eze Denim: cânhamo com algodão — Foto: Divulgação

ua principal característica, ser acessível de forma consciente. “Investimos em tecnologia. Hoje com laser e ozônio, 80% da lavagem é feita com uso do ar, reduzindo a utilização da água”, diz a porta-voz da grife que fabrica 100 mil peças ao mês e tem, entre os best-sellers, o jeans skinny masculino.

Com duas lojas em São Paulo e e-commerce, a Yes I am Jeans só trabalha com fábricas e tecelagens com processos limpos. A fundadora da marca, Raquel Ferraz, também investe no pós-uso. “Temos o projeto Second Hand, no qual o cliente é incentivado a passar adiante a peça parada. Compramos em qualquer estado, realizamos um trabalho de upcycling e o jeans volta ao mercado”, explica.

Consultor de sustentabilidade, André Carvalhal defende uma nova maneira de usar o velho e bom jeans. “Quando feito sem responsabilidade tem, de fato, impacto negativo. Porém, por ter sido criado como peça de trabalho, por conta da resistência, é atemporal. Dura muito e não precisa ser lavado com tanta frequência”, avalia.

A escolha é sua.

https://oglobo.globo.com/ela/moda/noticia/2024/08/03/conheca-altern...

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