Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

É junho! A tendência segue a tradição. A moda é o modo de viver, de abraçar os laços de pertencimento com a terra e a identidade regional que aflora dos saberes preservados pelas gerações antecessoras. Por toda parte bandeirolas coloridas tremulam ao vento. Estão dependuradas nas varandas das casas, nas avenidas estratégicas da cidade e espaços públicos. Agitadas, sinalizam as boas vindas ao mês que traz para o Nordeste datas comemorativas cheias de simbolismo cultural. Em Campina Grande, na Paraíba, a folhinha do calendário começa a ser marcada hoje para contabilizar 31 dias da festa que formalmente guarda a culminância das colheitas. O religioso mistura-se ao profano e as honras aos santos católicos João, Antônio e Pedro transformam-se em ritos onde a fogueira, a música, a dança e pratos típicos do milho recém-saído das lavouras compõem uma liturgia de exaltação à fé e celebração à vida.  

O Nordeste transpira alegria. Ainda que a crônica da seca já anunciada insinue um futuro incerto, o momento deságua em celebrações. Representa encontros, sejam eles de afeto entre pessoas ou com a terra natal. O ritmo quente do forró e o passo marcado das quadrilhas rememoram o passado histórico dos colonizadores europeus e os costumes da corte. Os saiotes rodados tomados pelas rendas, bicos e fitas fazem menção às vestes que aportaram no território brasileiro desafiando as temperaturas dos trópicos. No entanto, a festa junina é plural e acolhe referências da miscigenação tão peculiar à região que foi receptiva a todos que bateram à sua porta.

A grande festa

 

O fogo, a fé, a terra, o alimento. Tudo está intrinsecamente ligado às celebrações da tríade santificada nos altares da igreja católica e venerada nos arraiais juninos como símbolo da cultura popular. Em Campina Grande o nome da cidade sintoniza com a magnitude dos festejos. Sob a tradição secular o evento foi batizado de Maior São João do Mundo. Tudo é monumental: o número de atrações culturais, o público e o total de horas em que os acordes da sanfona, triângulo e zabumba vão ecoar fazendo o corpo mexer involuntariamente. A festa organizada pela Prefeitura Municipal dispõe de uma estrutura capaz de receber 2 milhões de pessoas durante o período. O Parque do Povo - praça com uma área de 42 mil metros quadrados - é o espaço anfitrião para a programação aberta a turistas que transcendem as fronteiras nacionais.  O número de visitantes movimenta uma economia de mais de R$ 100 milhões em setores diversificados, sobretudo o da hotelaria, vestuário e gastronomia.

A celebração foge ao perímetro da praça e engata nos trilhos do Trem do Forró. Os passageiros podem embarcar no expresso forrozeiro, na velha estação ferroviária, e seguir viagem até o distrito de Galante. Em cada vagão o forró pé-de-serra dá o tom que enaltece nomes míticos da música regional como Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.  Pelas janelas, uma espiada na paisagem bucólica do Planalto da Borborema não deixa esquecer que junho brota com toda a força da cultura que o Nordeste tem.Viva São João!   (Fotos: reproduções)

 

Serviço:

Programação do Maior São João do Mundo: http://saojoaodecampina.com.br/parque-do-povo/

http://www.nasentrelinhas.com.br/noticias/vida-com-estilo/252/a-cul...

https://www.youtube.com/watch?v=3ePEULvGUUg&feature=player_embe...

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