Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Custo Inflacionário é Argumento de Importadores Contra Barreiras - ABVTEX

Os sinais do governo em favor do aumento de barreiras contra produtos importados provocam uma contra-ofensiva dos grandes importadores, preocupados com o risco de menor concorrência dos produtos estrangeiros no próximo ano e seus possíveis efeitos sobre preços.
O apelo aos interesses do consumidor é um dos principais argumentos das associações empresariais que reúnem empresas beneficiadas pela venda no mercado interno de produtos comprados lá fora. Mesmo sem novas barreiras à importação, o setor de vestuários, por exemplo, vai contribuir com as pressões inflacionárias, devido aos preços mais altos nesse inverno, avisa a ABVTEX, associação dos varejistas do setor têxtil.
O fato é que, com barreiras ou sem elas, pode-se esperar pressão do setor sobre os índices de preço no começo do ano (um ano que inicia com aumento de 14% no salário mínimo, é bom lembrar). Na consulta pública para a nova regulamentação de defesa comercial, encerrada na semana passada pelo Ministério do Desenvolvimento, outra associação, a Abece – que reúne as maiores “trading companies” do país (companhias especializadas em comércio exterior) –, apresentou proposta para incluir consultas a representantes de consumidores e usuários de produtos importados nos processos contra dumping (venda no país de produtos importados abaixo de seu preço normal).
Pelos efeitos no custo de vida e no mercado consumidor, o governo tem de abrir mais espaço para os argumentos dos beneficiados pelas importações, argumenta o presidente da Abece, Ivan Ramalho – que, até o ano passado, era secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento. A ABVTEX endossa essa linha de ação e tem argumentado em contatos com o governo que a criação de novas barreiras à importação de têxteis pode pegar em cheio as compras de produtos de inverno destinados principalmente às novas massas de consumidores de produtos de preços mais baixos.
Os varejistas encaminharam ao Ministério do Desenvolvimento um estudo do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) para mostrar que, apesar da redução da produção dos fabricantes nacionais, o faturamento dos fabricantes de têxteis no país vem crescendo e deve chegar a R$ 87,4 bilhões neste ano. Esse volume representa um aumento de quase 70% em relação ao registrado cinco anos atrás, apesar do declínio no ritmo neste ano, para o qual a associação do setor prevê um aumento de apenas 5,6% no faturamento, abaixo da inflação prevista para 2011.
Para a ABVTEX, a importação de produtos asiáticos, hoje responsável por 9,7% do mercado, não pode ser responsabilizada pela queda na produção doméstica, que ainda atende a mais de 90% do consumo nacional (a indústria brasileira têxtil e de vestuário ocupa apenas cerca de 74% de sua capacidade instalada).
A movimentação dos importadores em Brasília é acompanhada de perto, e gera forte reação por parte dos produtores nacionais. O diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil, Fernando Pimentel, rejeita as estimativas da ABVTEX e do IEMI, lembrando que, entre janeiro e setembro, houve queda na produção, de 16,63% no segmento têxtil e de 2,36% no de vestuário, em comparação com o mesmo período do ano passado. Se comparados setembro deste ano e setembro de 2010, a queda é de 16,68% para vestuário e de 11,85% para o têxtil.

Exibições: 405

Responder esta

Respostas a este tópico

nao acredito que apenas seja  importação de produtos asiáticos, hoje responsável por 9,7% do mercado,  é riduculo este numero!!! muito abaixo da realidade!!!! em decoração seguramente está por volta de 25 a 30% !!!!!! é obvio que são apenas consideradas as importaçoes legais, mesmo assim é um nº muito baixo!!!!!!

 

janeiro e setembro, houve queda na produção, de 16,63% no segmento têxtil e de 2,36% no de vestuário, em comparação com o mesmo período do ano passado

realmente sao contraditorios os numeros!!!!

 

Se comparados setembro deste ano e setembro de 2010, a queda é de 16,68% para vestuário e de 11,85% para o têxtil

 

interessante é que entra cnt + cnt......e somente se acha produto importado!!!!! mas a manipulaçao de nºs é evidente!!!!! o governop quer enganar a quem????? todos aumentaram  seu consumo em textel.....cada repostagem ou levantamento as cifras são outras e sobretudo contradotórias!!!!

duvido que cheguemos a 4 ou 5 anos com nossas industrias!!!!!

adalberto

 

Se for respeitada a isonomia entre os produtos têxteis brasileiros e os importados, sou francamente favorável ao livre comércio. Não podemos aceitar, por exemplo,  é a importação de barracas de práia sem o tratamento UV competindo com as nacionais que usa o tratamento, pois os custos de produção são diferentes.

Se a ABVTEX tem uma "grande preocupação" com a inflação brasileira a ser provocada pela cadeia têxtil, muito embora o segmento comprovadamente tenha sido um dos que menos tenha contribuído com o processo inflacionário nos últimos anos, sugiro colocar na pauta de tão "ditosa" associação a briga também pela liberação da importação de trabalhadores orientais (chineses, indonésios, vietnamitas, cambojanos, e etc. etc.) com os mesmos salários, regras e condições trabalhistas de seus países de origem, assim quando dos dissídios coletivos não haverá pressão por aumentos salariais já que você poderá ter um monte de xing-lings aceitando trabalhar por qualquer coisa.

Se é pra avacalhar que se avacalhe pra valer e de uma vez por todas.

 

Calma gente, não defendo nada disso.

Defendo empregos no Brasil para os brasileiros.

Defendo que a China encontre o seu caminho investindo cada vez mais no seu próprio consumo interno e que assim melhore a qualidade de vida de seus cidadãos que hoje levam uma vida extremamente oprimida. O Brasil está provando que isso é possível.

Defendo o Brasil para o interesse dos brasileiros, e que não se dê espaços para os interesses desses espertalhões que não enxergam o que está acontecendo com tantos países que abriram mão de seus parques industriais e hoje penam com índices elevadíssimos de desemprego. Este olham apenas para os seus próprios bolsos. Lamentavelmente.

 

Bom final de semana a todos!

 

PREZADOS AMIGOS....

 

ESTAMOS TODOS MUITO PREOCUPADOS.  A NOSSA INDUSTRIA TEXTIL VAI MORRER...E OS EMPREGOS NA AREA TEXTIL TAMBEM....

MAS.....SABEMOS QUE ISSO É NATURAL DO SER HUMANO...."SÓ APRENDE A NADAR QUANDO A AGUA BATE NA BUNDA".

 

ISSO QUER DIZER QUE QUANDO AS FABRICAS PARAREM E OS POLITICOS PRECISAREM DOS VOTOS ...TODOS IRÃO CORRER PARA TRATAR O PROBLEMA....

 

ESTOU FALANDO DE PRESIDENTE DA REPUBLICA A VEREADOR...DAS MENORES PREFEITURAS.....

 

COM CERTEZA IREMOS RETOMAR....MAS COM MUITA DOR....

 

PODERIA SER PELO AMOR....MAS SOMENTE SABEMOS CORRER...QUANDO HÁ DOR....ENTÃO...PACIENCIA....

 

MAS PARA TERMINAR:  VAMOS LEVANTAR QUEM SÃO OS IMPORTADORES ?????? QUANTOS EMPREGOS AS EMPRESASDELES OFERECEM ?????

 

NÃO ESTOU FALANDO DAQUELAS QUE DIZEM QUE TEM 3600 EMPREGOS E NA VERDADE TEM SOMENTE 360.

 

 

ABRAÇOS...

 

 

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço