Uma das coisas mais interessantes no design é a diversidade. Diversidade estética e os múltiplos materiais e suportes. É possível pensar em design nas diferentes situações com diferentes propósitos. E a progressão estética que o design engloba acontece há séculos, desde que o belo foi introduzido como apreciação.
O design têxtil é umas das vertentes mais antigas do design que teve seu início na tecelagem e ornamentação dos tecidos. Historicamente, a presença destes tecidos é acompanhada nas pinturas antigas, nas tumbas encontradas… Seda, linho, motivos religiosos, mitológicos, orientais.
A partir do século XVI, a expansão mercadológica superou todas as nações e, o conceito de ter um projeto de execução dos desenhos fez projeção e agregou valor aos tecidos, promovendo maiores lucros. E assim, o design têxtil se fez presente tanto em tecidos de vestimenta, quanto em tecidos para decoração.
A revolução industrial trouxe o sentido de aprimoramento da produção e qualidade técnica dos tecidos, no entanto, o design ficou enfraquecido. Diante a crise do design, foram tomadas ações importantes de educação sobre indústria e população para que se produzisse e valorizasse o design têxtil. Tais ações foram governamentais (iniciadas na Inglaterra) e se basearam no estudo entre técnica e estética e filosofia da estética. William Morris e Arthur Liberty foram contribuintes nesta discussão.
E no século XX a produção de desenhos para tecidos foi influenciada pelas vanguardas artísticas e há a preocupação não somente estética, mas das técnicas que envolviam a produção do tecido e estamparia, como o processo de serigrafia.
As artes e o design se misturam quando nomes como Henri Matisse e Pablo Picasso se somam nas artes plásticas e decorativas.
A arquitetura também influenciou a esfera têxtil, na discussão entre estética e propriedades de materiais e de funcionalidade, inclusive, na escola Bauhaus.
E com essa projeção o design têxtil cria uma vertente dentro do design que se destina ao pensamento de projeto no desenvolvimento de materiais, preparação de matéria prima, no desenvolvimento de processos mecânicos e digitais e no conceito no próprio conceito de projeto.
E hoje, no mercado da moda cada fez mais presente e com maior lucratividade, o design têxtil se alia ao design de moda na base destes projetos. Não há como pensar em moda sem pensar em tecnologia têxtil. É preciso que os dois campos conversem e a criação de um está interdependente do outro. O design têxtil vira matéria prima do design de moda. E só se faz moda, com boa qualidade têxtil.
Por Helen Pereira
O design têxtil é uma especialidade do design que inclui os projetos destinados à produção de têxteis em geral. Engloba, deste modo, toda a atividade projetual relacionada ao desenvolvimento de materiais têxteis da preparação da matéria-prima ao beneficiamento final.
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