Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A Gucci, detida pelo grupo francês PPR, divulgou que as vendas tornaram-se mais difíceis e a concorrência mais feroz nas maiores cidades chinesas. Os dados divulgados pela marca de moda italiana vêm reforçar a perceção de um abrandamento generalizado no retalho de produtos de luxo. 

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Dificuldades na China

A segunda maior marca de luxo do mundo em termos de vendas, atrás da Louis Vuitton, confirmou um abrandamento no sector do luxo, com o crescimento das suas receitas a desacelerar para 7% no terceiro trimestre do ano, caindo dos 10% registados no segundo trimestre e 12% no primeiro. Este desempenho reflete a desaceleração do crescimento registada em grandes mercados como a Ásia, por parte de outras grandes marcas de luxo, como Burberry e Louis Vuitton.

As vendas de produtos de moda e couro da LVMH, da qual a Louis Vuitton representa 75%, viram o crescimento das vendas comparáveis abrandar para os 5% no terceiro trimestre, caindo dos 8% e 12% registados no segundo e primeiro trimestre, respetivamente.

Os resultados da PPR surgem no seguimento de alertas de lucro por parte da Mulberry e da Burberry, que contribuíram para consolidar a perspetiva de que o período de três anos de crescimento no mercado de produtos de luxo poderá estar a chegar ao fim.

A China, a principal força motriz do segmento de produtos luxo desde a crise financeira de 2007/2008, tem vindo a refrear os gastos nos últimos meses, em resposta a uma ofensiva do governo contra a corrupção e o consumo ostensivo. Além disso, os consumidores chineses têm vindo a cultivar um apetite recém-encontrado por produtos de marca com um perfil menos elevado, como Balenciaga e Yves Saint Laurent, ambas pertencentes à PPR.

«Observamos que o gosto está a direcionar-se para produtos mais sofisticados e o mercado é mais difícil, mas acreditamos que temos a estratégia certa para a Gucci», referiu Jean-Marc Duplaix, CFO da PPR, numa teleconferência sobre a China. «Em cidades de Nível 1 (as mais povoadas), a concorrência é bastante acirrada, as cidades mais dinâmicas são as de Nível 2 (menos povoadas)», explicou.

As vendas da Gucci na China, que registaram crescimentos de dois dígitos nos últimos anos, atingiram o «dígito único elevado» no terceiro trimestre de 2012, mas foram «mais de 10%» numa base de nove meses, disse Duplaix, acrescentando estar confiante de que as margens da Gucci iriam melhorar este ano.

As vendas totais de luxo da PPR subiram 12% para os 1,59 mil milhões de euros e as vendas globais do grupo cresceram 6,6% para os 2,56 mil milhões de euros no terceiro trimestre, em base comparável. A PPR é o terceiro maior grupo de luxo do mundo, atrás da LVMH e da Richemont.

A PPR, que quer concentrar-se nas marcas de luxo e desporto, tem procurado compradores para a marca Vertbaudet (especializada no segmento de criança), pertencente à Redcats (unidade de encomenda via postal) e da marca Cyrillus, bem como para as operações da La Redoute nos EUA.

No início de outubro, o conglomerado francês revelou planos para vender a sua cadeia de retalho Fnac em 2013, não tendo conseguido encontrar um comprador para o negócio, que tem sido prejudicado pela pirataria e pela concorrência dos retalhistas on-line.

Fonte:|http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/41736/xmview/...

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