O superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Ricardo Leme, esteve ontem em Maringá para prestigiar a posse da nova diretoria do Sindicato do Vestuário (Sindvest).
De passagem pela cidade, aproveitou para manifestar otimismo em relação ao plano Brasil Maior, do governo federal, anunciado nesta terça-feira. Entre outras medidas, o pacote reduz imposto sobre a folha de pagamentos dos setores de confecções, moveleiro, calçadista e de softwares.
Em Maringá, o Brasil Maior foi recebido de maneira cética por empresários do setor têxtil, que veem dubiedade nas medidas ao desonerar a folha de pagamento, e ao mesmo tempo taxar em 1,5% o faturamento das empresas.
O superintendente da Abit, no entanto, afirma que o pacote é "um primeiro passo importante para não entregarmos de mão beijada um setor que emprega 1,8 milhão de pessoas no Brasil".
Leme diz que a medida do governo ainda está em fase de avaliação pelos técnicos da Abit, mas, "à primeira vista", admite que o pacote é benéfico para as empresas que trabalham com confecção própria. Para as indústrias com confecção terceirizada, "nem tanto".
O superintendente da Abit vê particularmente como sinal positivo o fato de o setor, "depois de anos de luta", ter conseguido sensibilizar o governo para auxiliar um segmento em crise crescente. "Caminhamos de maneira acelerada para a desindustrialização. Em meses recentes, a invasão de importados ficou fora de controle", destaca.
Com o dólar em baixa, a entrada de produtos chineses foi facilitada. Segundo Leme, tornou-se impossível competir com o preço desses importados, cuja produção tem exigências cambiais, ambientais e trabalhistas muito inferiores às brasileiras.
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http://www.odiario.com/economia/noticia/459319/diretor-da-abit-reve...