Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Diretora põe fim a desfile de moda de mafiosos na prisão

Uma prisão de Palermo baixou regras que proíbem os internos de usar grifes como Gucci, Prada e Armani, além de tênis Adidas e Nike, os preferidos de ex-membros da Cosa Nostra

Ray Liotta, Robert De Niro, Paul Sorvino e Joe Pesci em "Os Bons Companheiros": estilo copiado por mafiosos italianos agora será proibido na prisão

O estilo de vida e, principalmente, de se vestir dos mafiosos da prisão de Ucciardone, na Itália, está para mudar. A nova diretora, Rita Barbera, deu ordem para que os prisioneiros seja proibidos de usar roupas de grifes como Gucci, Armani, Prada e Dolce & Gabbana, além de joias e relógios caros. Até agora, os criminosos vinham se comportando como personagens do filme “Os Bons Companheiros”, de Martin Scorsese.

Ao contrário da norma em outros países, as prisões italianas não exigem que os presos usem uniformes. Durante décadas, a prisão de Ucciardone fez vista grossa para os “privilégios” dos internos, que incluíam jaquetas Louis Vuitton, camisas de seda Valentino e tênis Adidas e Nike, além de refeições preparadas por restaurantes caros.

Reprodução Internet
Prisão de Ucciardone em Palermo, na Sicília: vida boa atrás das grades

Regras mais relaxadas na prisão de Palermo, na Sicília, permitiram que o chefão Michele Catalano celebrasse seu aniversário com um banquete de champagne e lagosta no ginásio da cadeia nos anos 1940 – o que deu ao lugar o apelido de “Grand Hotel”. Outro chefão chegou a arranjar o casamento da sua filha na capela da prisão.

Para os internos, a maioria em-membros da Cosa Nostra, o estilo de vida era uma maneira de mostrar sua posição dentro da organização.

“A imagem que as pessoas têm desta prisão está ligada a ternos de seda dos chefões e nós queremos acabar com isso”, disse Rita Barbera ao jornal italiano “La Stampa”. “Queremos por fim à diferença de classes e à exibição de poder e riqueza que acontece aqui dentro.”

As mulheres dos prisioneiros já foram proibidas de trazer roupas de grife para os companheiros na prisão. A reação até agora foi bastante negativa. “Meu marido vai ficar pelado”, disse uma delas ao jornal, sem se identificar. “Ele só usa roupas de marca e não é porque ele quer se mostrar, mas porque elas duram muito mais e têm mais qualidade. Por que humilhá-lo desse jeito?”

Nem todos os internos de Ucciardone têm esses privilégios. A prisão, que tem capacidade para 500 pessoas, tem uma população carcerária de 700 internos, incluindo imigrantes que usam roupas doadas por associações beneficentes e igrejas. Segundo Giovanna Gioia, que trabalha em uma dessas organizações, ''se a nova regra acabar de vez com a ostentação, é muito bem-vinda.”

Fonte:|http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI252278-16418,00...

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