Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Em ano de retomada, setor de moda praia espera crescimento de apenas 1%

Inflação encarece matéria-prima e verão chuvoso pode desestimular consumidores

Movimentação na orla da praia de Copacabana, na zona sul do Rio de JaneiroMovimentação na orla da praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.

Apesar de o verão ser um dos períodos mais importantes para o setor de moda praia, a expectativa para esta temporada não é de recuperação econômica.

Com a inflação encarecendo as principais matérias-primas e a previsão de um verão mais chuvoso, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) estima um crescimento de apenas 1% no lucro em relação ao verão 2020/2021, movimentando cerca de R$ 11 bilhões na temporada, que para os fabricantes começou em setembro de 2021 e vai até março deste ano.

Em 2020, ano do início da pandemia, o setor registrou uma queda de 6% em relação a 2019. Em 2021, parte do faturamento foi recuperado principalmente no último trimestre do ano.

Com as praias abertas e as medidas de flexibilização por todo o país, a expectativa da Abit é chegar mais perto do patamar pré-pandemia em 2022.

“Levando em conta esse período de Covid, não é um resultado necessariamente ruim. Mas também não é muito bom, é modesto. Depois de dois anos, o faturamento nominal está quase no mesmo patamar. É razoável”, avaliou Fernando Pimentel, presidente da entidade.

As preocupações do mercado, além do novo avanço da Covid-19 pelo país, concentram-se no preço das matérias-primas e nas questões climáticas. A inflação encareceu produtos fundamentais no setor, como o poliéster, elastano, corantes e algodão. Já a temperatura e os dias de chuva podem influenciar no comportamento do consumidor, que vai pensar duas vezes antes de investir em biquínis, sungas, cangas ou outras peças do gênero.

“Só o algodão, que é um dos principais, aumentou em 50%, isso é repassado no preço final, acaba ficando mais caro. Outro ponto é, se você tem um verão chuvoso ou com temperaturas mais baixas do que o esperado, quem vai comprar acaba ficando desmotivado. Se você tem sol, calor, a pessoa já pensa em comprar pelo menos uma peça”, avaliou Pimentel.

Segundo as previsões da Climatempo, o verão em 2022 terá um calor mais brando do que o usual por conta do fenômeno La Niña. A plataforma destaca que a sequência de dias quentes será interrompida com frequência pela passagem das frentes frias e a entrada de ar frio de origem polar.

“O La Niña terá impactos negativos sobre a chuva das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, reduzindo a quantidade de chuva durante a estação. As regiões Norte e Nordeste serão as mais beneficiadas com o La Niña, pois o fenômeno aumenta a chuva nestas Regiões”, indica o Climatempo.

*sob supervisão de Pauline Almeida

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