Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Com 12 anos de mercado, há sete o Grupo Natural Cotton Color, de João Pessoa (PB), passou a se dedicar com mais afinco à moda ecológica – e com sucesso. A marca costuma exportar peças para países como Japão, Estados Unidos, Inglaterra e França e em 2013 deve participar de seis feiras internacionais do setor têxtil.

“É claro que também vendemos nossas criações no Brasil, no eixo Rio-São Paulo, em todo o Nordeste e em algumas cidades do Norte. Mas temos mais prestígio lá fora do que aqui”, conta a proprietária da empresa, Francisca Gomes Vieira. “Infelizmente, o consumidor brasileiro ainda prefere comprar produtos sintéticos ou de plástico feitos na China do que valorizar o conforto no nosso algodão, cujo plantio colabora para o meio ambiente e para o sustento de diversas famílias de agricultores”, afirma.

O Natural Cotton Color trabalha exclusivamente com peças produzidas em algodão colorido naturalmente. Além das roupas – femininas, masculinas e infantis –, a grife ainda oferece calçados e bolsas e uma linha de itens para casa. São duas coleções por ano, com 30 a 60 peças cada, com prioridade para o verão. Toda a matéria-prima vem da Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa), que desenvolveu um tipo de semente que já nasce com cor.

Visual de inverno: peças mais leves são boa pedida para encarar o friozinho ameno de algumas regiões brasileiras Foto: Divulgação

Visual de inverno: peças mais leves são boa pedida para encarar o friozinho ameno de algumas regiões brasileiras.

Sem tingimento químico

“Dessa forma, não é necessário qualquer tipo de tingimento químico, economizando assim 70% da água que seria consumida no processo convencional de acabamento da malha ou algodão”, explica Francisca. “E o resultado é surpreendente, pois os tons são lindos.”

Mais de 100 pessoas fazem parte do processo: além da equipe administrativa da fábrica, a marca conta com rendeiras, bordadeiras e agricultores espalhados pelo serão da Paraíba. Segundo Francisca Gomes Vieira, o Natural Cotton Color já teve uma parceria com presidiárias do Estado, que aprendiam e colocavam em prática o ofício da costura e do bordado na própria cadeia, o que reduzia a pena.

“Infelizmente, esse trabalho social foi suspenso devido à burocracia da Secretaria de Administração Penitenciária, que não designa instrutores para realizá-lo nos presídios”, lamenta a empresária.

Fonte:http://moda.terra.com.br/moda-reciclada/empresa-confecciona-com-alg...


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