Para o CEO David Sztabholz, preço de aluguel pesa contra investimento no Brasi
A crise europeia deve fazer com que a empresa suíça de serviços de lavagem a seco 5àSec aumente a sua já enorme expansão na América do Sul. A empresa não apenas cresce no subcontinente, que abrigou no ano passado 87 das 100 novas unidades da lavanderia, como encolhe nas regiões que estão no epicentro da crise mundial. "Fechamos cerca de vinte unidades na Grécia, Portugal e Espanha. Na Tunísia, manifestantes incendiaram uma loja nossa", disse o CEO da empresa, David Sztabholz.
Pesam a favor da América do Sul a maior rentabilidade, a expansão das economias locais e o baixo custo salarial. O pagamento de royalty do franqueado brasileiro é de 5% sobre o faturamento e a taxa sobre a publicidade é 2%, o maior no universo de 30 países em que a 5àSec atua. Na França, o segundo mercado da empresa, abaixo do brasileiro, as taxas respectivamente são 3% e 1%. "Esta é a praxe no mercado do Brasil", justifica o diretor de América Latina da empresa, o brasileiro Nelcindo Nascimento. Como o preço é o mesmo cobrado na Europa, a lucratividade é maior.
Jogam contra a instabilidade política, no caso da Argentina, e a formação de uma bolha imobiliária, no caso do Brasil, onde estão 370 lojas. "Montar uma loja em um shopping center em São Paulo está se tornando uma operação cada vez mais difícil. De longe, a imobiliária é a variável mais complicada de se controlar no Brasil. O aluguel em Buenos Aires, por exemplo, é 40% mais barato do que o de São Paulo", disse Sztabholz.
Na Argentina, as barreiras às importações trouxeram dor de cabeça aos administradores. No país, existem 145 lojas e a taxa de royalties é de 4% e a de publicidade, 1%. Uma norma informal faz com que os importadores que não exportem fiquem sujeitos ao bloqueio de suas encomendas. É uma das medidas do governo argentino para aumentar a sua disponibilidade de moeda, um esforço que envolve também impedir que as empresas remetam dividendos para suas matrizes e consigam dólares para cumprir contratos no exterior.
"Somos uma empresa de serviços, é complicado imaginar como poderíamos exportar", afirmou Nascimento. A empresa é uma importadora de maquinário e de produtos químicos da Europa, sobretudo Alemanha e Itália. Segundo Sztabholz, os fornecedores alegam que, apesar de já representar um terço da rede, a América do Sul ainda não proporciona escala para a implantação de uma indústria.
Sztabholz está na empresa desde 2009, pouco depois da aquisição da rede de lavanderias pelo fundo de investimento ING Parcom. Ele e Nelcindo Nascimento estiveram em Buenos Aires para a primeira convenção sul-americana dos franqueados da empresa. A 5àSec deve fechar o ano com cerca de 1.970 lojas e faturamento global de € 350 milhões, se abrir as 130 unidades previstas para 2012. Dos pontos de venda, 325 são próprios e o resto de franqueados.
Das novas lojas, 88 serão na América do Sul. Já são sul-americanas 550 lojas da rede. No Chile, a empresa tem 8 lojas e dez devem ser abertas este ano. Na Colômbia, a primeira loja foi aberta em 2011 e a lavanderia deve chegar agora ao Peru. O único país em que não há expansão é a Venezuela, com 22 lojas. "Não pensamos em nos expandir por lá, mas nenhuma loja será fechada", disse Nascimento.
Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/2554242/na-america-do-sul-5asec-fo...
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