Integrantes da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos embarcam esta semana para a Argentina. Entre eles, empresários do Rio Grande do Sul. Terão reuniões com entidades locais, como a Câmara Argentina de Comércio. O objetivo é dicutir a intensificação das barreiras à importação, que vai atingir com força as exportações brasileiras.
Na quarta-feira, dia primeiro de fevereiro, entra em vigor resolução que regulamenta as compras externas da Argentina. A burocracia vai aumentar porque os compradores terão que informar antecipadamente ao governo sobre qualquer compra, o que equivale à aplicação de licenças não automáticas.
O maior receio, no entanto, é com o cumprimento de prazos. Oficialmente, é dez dias. No entanto, produtos que já são afetados esperam mais de 180 dias, enquanto que o prazo máximo da Organização Mundial do Comércio é de 60 dias.
Superintendente da Assintecal, Ilse Guimarães diz que os empresários brasileiros não conseguem mais negociar com o governo argentino. O objetivo das reuniões será juntar informações de prejuízo para o governo brasileiro atuar e também sensibilizar os próprios empresários argentinos para que eles pressionem o seu governo.
A indústria argentina também já manifestou preocupação com a medida, já que precisa de insumos brasileiros para produzir. Há indústrias de calçados que estão com produção suspensa aguardando cargas brasileiras. O mesmo aconteceu com fábricas de automóveis.
A Argentina é hoje o maior importador de componentes para calçados. Responde por 25%. Com a demora na liberação, o receio de Ilse é que a exportação se restrinja a produtos básicos já que não poderão ficar atrelados à moda.
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul ainda calcula quanto da exportação gaúcha será atingida. Há setores que já enfrentam problemas para vendas para a Argentina há mais de ano, como máquinas agrícolas, alimentos e calçados. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Calçados, atualmente, há 2,4 milhões de pares aguardando liberação do governo argentino.
No ano passado, o governo brasileiro chegou a dificultar a entrada de carros argentinos em uma medida de retaliação. Houve um reunião e foi anunciado um acordo de agilizar as licenças. O governo argentino não cumpriu. Os empresários acreditavam que a situação melhoraria após as eleições argentinas, mas isso também não ocorreu.
O argumento do governo argentino para as medidas protecionistas é alcançar o superávit da balança comercial, ou seja, evitando que as importações superem as exportações. No entanto, há o receio de que isso piore ainda mais o quadro de inflação no país.
Fonte:|http://wp.clicrbs.com.br/acertodecontas/2012/01/29/empresarios-gauc...
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