Meta é tornar a moda capixaba conhecida em todo o país.
Projeto é coordenado pelo Sebrae e atende quase 200 empresas.
Inovação no mundo da moda. No Espírito Santo, empresários investem em design e mudam o sistema de produção de roupas. A meta é tornar a moda capixaba conhecida em todo o país.
A moda do Espírito Santo quer mais espaço nas vitrines. No estado, as criações dos estilistas já são um sucesso de vendas.
O Estado tem 1.300 confecções que empregam 24 mil pessoas e produzem 60 milhões de peças por ano. Mas esses números correspondem a apenas 2% do mercado de roupas nacional. Agora existe um projeto para aumentar essa participação. E o ponto de partida é a região de Colatina, o oitavo maior pólo de moda brasileiro.
O projeto de desenvolvimento da moda capixaba é coordenado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e atende quase 200 empresas.
“A gente trabalha na parte financeira, na parte produtiva, parte de recursos humanos. São os três pilares”, afirma Carla Bortolozzo, do Sebrae em Vitória.
Quem aproveitou essas consultorias foi Ismael Avancini. Ele é dono de uma fábrica de roupas masculinas e femininas. “Os produtos oferecidos atingem o mercado classe A e B. Não são produtos baratos, mas são produtos com grande qualidade e um valor agregado acessível ao mercado”, diz.
Depois que o estilista cria uma peça. O equipamento imprime a ilustração que depois é colocada no tecido. A inspiração para criar esses modelos vem dos maiores eventos de moda do Brasil. Os estilistas da confecção aproveitam os grandes desfiles para participar de cursos e palestras sobre tendências e novos materiais.
“A gente briga com o mesmo conhecimento. A mesma capacidade que eles têm de criar a gente também tem com esses eventos de moda que a gente pode participar”, diz Avancini.
A estratégia deu bons resultados. As 20 mil peças produzidas mensalmente são vendidas em 1.500 lojas. Com o projeto, o faturamento aumentou 15%. Para garantir um crescimento contínuo, a empresa aposta na criatividade. “A moda muda diariamente. E aí os estilistas têm que estar muito antenados com o que tá acontecendo, com o que as pessoas estão vestindo”, ressalva o empresário.
Inovação
Também é preciso inovar no sistema de fabricação. Foi o que descobriu outra confecção de Colatina. Os empresários Luiz Carlos Guidoni e Róbson Laurindo Santos utilizam um método chamado de moulage pelos franceses e draping pelos ingleses.
É uma técnica tridimensional onde a modelagem é feita diretamente no manequim. O sistema agiliza a produção porque elimina testes de peso, elasticidade e caimento dos tecidos.
Nesse trabalhado os estilistas podem explorar cada tipo de corpo. Testar o volume dos tecidos e descobrir as imperfeições antes da roupa chegar a máquina de costura. “A gente tem tido muito mais aceitação. Os encaixes no corpo físico... O caimento é muito melhor”, afirma Laurindo Santos.
Os empresários seguem as informações de moda. Para criar duas coleções por ano, cada uma com 400 modelos, eles participam de feiras e eventos patrocinados pelo Sebrae. “Na feira você tem muitos contatos. Ás vezes, as vendas não se efetivam nas feiras. Mas elas acontecem no decorrer do ano, no decorrer do período”, explica Guidoni.
E essa divulgação fica mais intensa durante um evento promovido pelo Sebrae no Espírito Santo, o Vitória Moda Show. E os números podem melhorar no futuro. Uma consultora do Sebrae ajuda os empresários a implantar um programa chamado PCP, Planejamento e Controle de Produção.
Hoje, 85% das roupas produzidas no ES são vendidas fora do estado. E o Sebrae quer aumentar esse percentual. “A idéia é a gente levar a moda capixaba (...) com todo o seu potencial e a sua qualidade, para o mercado nacional”, afirma Carla, do Sebrae.
Fonte:|http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2011/11/empresarios-invest...
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