Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Empresas apostam no setor têxtil e na profissionalização da moda no PR

Caracterizado como um estado de economia essencialmente agrícola, há alguns anos o Paraná experimenta o crescimento de setores que modificam essa identidade. A aposta de empresários na indústria têxtil paranaense, que já emprega mais de 100 mil trabalhadores em mais de seis mil fábricas, contribui na consolidação de um promissor pólo de moda.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), que mede a participação do Produto Interno Bruto Têxtil e de Confecção, o Paraná é o quatro estado no ranking nacional de produção têxtil. Depois da indústria de agroalimentar, que mais emprega no estado, estão as fábricas de tecelagem e confecção, responsáveis por 15,3% dos empregos do segmento.

Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, o investimento das empresas favorece o “amadurecimento” o setor. As empresas – conhecidas como facções – de confecções localizadas principalmente na região Norte e Nordeste cresceram com o incentivo de prefeituras que criaram alternativas de emprego qualificando mão de obra. “Hoje temos expertise de produção, somos oficina de grande indústrias, mas temos que quebrar a barreira e levar a espertize para criação de marcas”, explica Campagnolo.

Ele acredita que a aposta de empresários no setor de confecção demonstra que o potencial do Paraná já foi descoberto. “Estamos saindo do amadorismo para alcançar o próximo patamar. Falta amadurecimento, mas estamos mudando essa face de produtor. Merecemos ser reconhecidos”.

Com produção anual de 150 milhões de peças, o faturameto do setor têxtil paranaense ultrapassa R$ 4 bilhões por ano.

Indústria do vestuário
O Norte e Noroeste do Paraná concentram cerca de 61% das indústrias têxtis e fazem das cidades das regiões importantes focos de vendas em atacado. Algumas marcas locais já conseguiram se consolidar no mercado nacional, e começam a exportar.

“Com a concorrência da China, as nossas empresas acabam formando marcas próprias, para terem um diferencial frente a produção em alta escala e baixos preços das peças importadas”, diz Campagnolo.

Algumas cidades se especializaram na confecção de produtos específicos como Apucarana com a produção de bonés, Terra Roxa com a moda bebê, Francisco Beltrão e a moda masculina, além das malaharias de Imbituva.

Profissionalização

A demanda das ‘indústrias de moda’ do Paraná favoreceram o crescimento das faculdades de moda do estado e a qualificação de profissionais para o setor. A Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Estadual de Maringá (UEM) oferecem o curso superior de Design de Moda. Em Pato Branco, Apucarana, Cianorte, Santo Antonio da Platina, Cascavel, Maringá, Curitiba outras instituições particulares também têm cursos na área de moda.

“O Paraná tem recurso e competência, falta profissional maduro”, diz o  Roberto Meireles, mestre em Edução pela Pontifícia Universidade Católica (PUC)-RJ e um dos criadores do Instituto Rio Moda, que foi lançado em Curitiba esta semana.

A partir de agosto deste ano, o instituto traz para a capital paranaense o modelo de ensino que funciona no Rio de Janeiro desde 2008. “Não substituímos o trabalho das escolas de moda. É  uma oportunidade para troca de informações e experiências com profissionais do mercado, através da valorização da prática”, afirma Meireles.

Entre as várias atividades programadas, quatro mini cursos já estão marcados. “São oficinas com profissionais reconhecidos nacionalmente pelo trabalho no ramo da moda e que através do contato próximo, o aluno pode trocar experiência, se inspirar a criar e produzir”, diz a sócia do instituto em Curitiba, Evelise Trombini.

A unidade de Curitiba é a primeira foira do Rio de Janeiro. “A oportunidade é um incentivo aos talentos locais. As atividades fazem pensar, desperta interesse e a partir disso os alunos devem colocar a mão na massa mesmo. Fábricas e público para consumir os produtos, já têm. O que falta é descobrir o perfil, a cara da moda do Paraná”, opinia a jornalista de moda Alessandra Farah.

O instituto vai funcionar no Espaço Revê, no bairro Mercês em Curitiba. As inscrições para os mini cursos já estão abertas no site do Instituto Rio Moda.

Fonte:|tvparanavai.com.br|

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