Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e o Sinditêxtil, sindicato patronal, produziram uma cartilha apresentada a 80 empresários - e replicada via e-mail para dezenas de outros - em que recomendam votos e doações eleitorais para um grupo de políticos, dentre os quais dois representantes do setor: Paulo Skaf, candidato ao governo de São Paulo, e Josué Gomes da Silva, candidato ao Senado por Minas. A dupla de peemedebistas já dirigiu a Abit.

A lei eleitoral veda que partidos ou candidatos recebam "direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, precedente de entidade de classe ou sindical". Para o advogado Alberto Rollo, especialista em direito eleitoral, a ação está sujeita a questionamentos. "A instituição não doou, mas há uma indução", disse Rollo.

Além da lista intitulada como "sugestões de apoio", o material distribuído pelas entidades estipula a meta de R$ 1,5 milhão em doações para 17 postulantes a deputado federal. "O montante proposto é R$ 1,5 milhão para os 17 parlamentares federais. Além do apoio aos candidatos a deputado estadual e ao governo do Estado", diz a cartilha. Skaf é único candidato ao governo que consta do material.

A cartilha está dividida em três partes. A primeira, intitulada como "Eleições 2014: roteiro para contribuições", o responsável pelas relações governamentais da Abit, João Paulo Barroso, autor do material, fala sobre a importância de os associados apoiarem candidaturas favoráveis ao setor têxtil e também apresenta um passo a passo para que o filiado faça sua doação aos políticos recomendados pela entidade.

Na segunda parte, a Abit e a Sinditêxil divulgam um cardápio com o nome dos candidatos para os quais os associados podem fazer as doações. Na última, as instituições revelam um balanço de arrecadações nas eleições de 2010 e 2012 angariadas pelas entidades através do mesmo método proposto pelo material deste ano.

O setor têxtil têm representação política no Congresso Nacional, graças à frente parlamentar mista "José Alencar" - uma homenagem ao ex-vice-presidente que morreu em 2011 e comandava a Coteminas, empresa do ramo têxtil herdada pelo filho Josué, que este ano disputa sua primeira eleição. A frente parlamentar é formada por 202 deputados (a Câmara tem 513) e 32 senadores (o Senado tem 81).

Necessário.

Ao encaminhar a cartilha via e-mail para dezenas de outros empresários, o presidente da Sinditêxtil, Alfredo Emílio Bonduki, afirmou no corpo da mensagem: "Pudemos definir a relação de candidatos que entendemos que devem ser apoiados pelo setor. São 17 parlamentares federais e 4 estaduais, de partidos e Estados diversos, além, é claro, do absoluto e necessário apoio à candidatura ao governo do Estado de São Paulo do nosso prezadíssimo Presidente Emérito Paulo Antonio Skaf".

Dos políticos citados na cartilha da indústria têxtil, seis são do PSDB, cinco são do PMDB, cinco do PT, um é do PP, um é do PDT, um é do DEM, um é do PSD, um é do PV e outro é do PR.

'Instrumento legítimo'.

As duas entidades destacam aos afiliados que a conduta de sugerir apoio a candidatos, bem como pedir doação às suas campanhas não são práticas irregulares. "Apoiar candidaturas alinhadas com o desenvolvimento do País é um instrumento legítimo de participação, conforme previsto na Lei nº 9.504/1997, artigos 20 e 81. Essas contribuições são absolutamente éticas e legais", diz o trecho da cartilha da Abit.

Kassab.

Em 2010, a Justiça Eleitoral chegou a cassar o mandato do então prefeito Gilberto Kassab (PSD) por recebimento de doações de campanha consideradas irregulares. Entre as doadoras consideradas ilegais estavam a Associação Imobiliária Brasileira (AIB). Nas decisões, a Justiça considerou a AIB como fonte vedada de doação eleitoral.

A entidade era acusada pelo Ministério Público Estadual de servir de fachada para o Sindicato da Habitação (Secovi). Só da AIB a campanha de Kassab recebeu R$ 2,7 milhões. No mesmo ano da denúncia, o então prefeito conseguiu reverter a decisão na Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Exibições: 951

Responder esta

Respostas a este tópico

Vão fazer pela politica o que fizeram pelo setor textil.... NADA,NADA, NADA!!!!!!!!!!!

O espaço político está ocupado na sua maioria por corruptos, condenados pela justiça e até alguns que foram ou estão presos. Ter colegas têxteis que conhecemos pessoalmente, é no mínimo uma forma de mudar o quadro atual. Boa sorte aos colegas!

Concordo Fábio, a política brasileira é um grade jogo e o Congresso o cassino... O nosso setor têxtil está em franca decadência pelo total abandono. Lamentável

Ate hoje não vi nada positivo em relação ao setor têxtil vindo deste senhores,a não ser em causa própria.

Quando tivermos candidatos que realmente vão defender com unhas e dentes o nosso setor ai vou dar credito.

agora não vejo isso!!!

Em Minas o Candidato a senador pelo PMDB Josué  é desconhecido pelo povo e pela maoiria dos empresários do ramo Textil. Não tem residência em Minas e sim em  em São Paulo, estado pelo qual devia sair candidato onde poderia ter mais chance de Êxito. Visto serem ele e o Skaf muito intimos. Aqui em Minas as chances do Josué se eleger  beira a zero. E empresario que se preza não joga dinheiro fora.

O aparelhamento político de instituições, creio, não é uma boa opção por duas principais razões: a temporalidade que o relacionamento político pode beneficiar de alguma forma e a mudança das relações internas dessas instituições.

Os cargos políticos são eleitos por mandatos temporais e as instituições são formadas alheias isso. As relações políticas podem ajudar , quando o filiado está no poder, ou prejudicar quando seus inimigos políticos ocupam tal lugar. Veja as articulações e planos estatais de partidos quando estes se alternam no poder.

A política exige concessões e alianças de relações, e essa prática via de regra ocupa o lugar do mérito e dos resultados. Assim corre-se o risco de se compor estruturas de pessoas por conveniências políticas e não por mérito, além de selecionar por filiações e simpatizantes políticos os acessos e a composição das instituições.

A entidades de defesa a iniciativa privada, deveria se fixar em práticas de promoção à produtividade das atividades e articulações com o poder instalado no momento; deveria se colocar em posição em que sua condição de elemento econômico lhe concede.

Cabe aqui ressaltar, que o fato de algo ser legal não lhe confere classifica-lo de moral e ético.

Assim, é preocupante por mais que esses senhores estejam bem intencionados, e nem quero discutir aqui suas histórias de defesa da indústria, seus atos ou intenções, pois acho que isso é dispensável. O problema é  conceitual de como uma instituição deve tratar seu futuro e seus valores. O imediatismo pode dar espaço à práticas que ao longo do tempo poderão corroer as estruturas e os objetivos originais, perdendo sua força de representatividade e defesa de seus afiliados.

No mínimo, tudo isso é preocupante....

 

Essas contribuições são absolutamente éticas e legais", diz o trecho da cartilha da Abit.

Desde que não seja para apoiar esta equipe que hj comanda nosso País e que está nos levando a falênica...

Responder à discussão

RSS

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço