Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Custos de confecções e lavanderiam tiveram elevação com a compra de carros-pipa para ter água para a produção

JULIANA CAVALCANTI

A Rota do Mar tem comprado água para manter a produção da fábrica e abastecer as casas dos funcionários (TERESA MAIA/DP/D.A PRESS)  
A Rota do Mar tem comprado água para manter a produção da fábrica e abastecer as casas dos funcionários

A forte estiagem que afeta o interior de Pernambuco tem prejudicado as atividades do polo de têxtil do Agreste. Sem água para abastecer as indústrias, lavanderias e confecções têm aumentado os custos com a compra de carros-pipa – que muitas vezes não conseguem atender à demanda.

Em Caruaru, um exemplo vem da empresa Rota do Mar. Além de abastecer a confecção com a água transportada nos carros-pipa, a confecção tem levado água também às casas dos funcionários, cientes da situação de emergência atual.

“Temos comprado uma média de cinco carros-pipa por dia, para as atividades da empresa, para as residências dos funcionários e para a comunidade. Temos consciência de que, se o funcionário não tem água em casa, não tem condições de vir trabalhar tranquilo. A última vez que fizemos isso foi há dez anos, na última grande seca”, explica Lucas Levi, gerente de Marketing da Rota do Mar. A empresa tem 580 funcionários e gasta, em média, R$ 70 por veículo.

Outro município bastante afetado é Toritama, onde estão instaladas pelo menos 60 lavanderias, que empregam cerca de 3 mil pessoas. Totalmente dependentes do fornecimento de água, principalmente as pequenas empresas têm sofrido com a seca. De acordo com o empresário Edilson Tavares, da Lavanderia Mamute – uma das maiores do município –, se não chover nos próximos 30 dias a situação ficará crítica.

“Conseguimos diminuir o gasto de água nos últimos anos. Já foi de 120 litros por peça e estava numa média de 70 litros por peça. Há cerca de um ano, quando monitoramos que viria um período de estiagem, revimos todos os processos e conseguimos reduzir o consumo para 49 litros por peça de roupa. Mesmo assim e reutilizando a água, não estamos conseguindo dar conta”, destaca ele, que também é presidente da Associação de Lavanderias de Toritama.

Tavares ressalta que a situação das lavanderias menores é delicada. Por ter um carro-pipa, a Mamute ainda consegue economizar com o frete, pagando a água e o motorista. São pelo menos quatro carros-pipa por dia, um custo de R$ 6.240 por mês, por enquanto. Já as empresas menores precisam desembolsar também o frete. Para Edilson Tavares, a seca está ameaçando a atividade da indústria têxtil no Agreste pernambucano. “Já tivemos reuniões com o governo e com a Compesa, mas não há solução para o abastecimento industrial da região”, diz.

Fonte:|http://pedesenvolvimento.com/2013/02/08/varejo-da-rmr-cresceu-4-em-...

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