Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

 

O consumidor pós crise e mais consciente, exige que os produtos, exposições e promoções façam realmente sentido.

Ele não quer mais desperdiçar suas compras e seu tempo.

O varejista precisa descobrir a parte ruim da compra de roupas para o consumidor  e eliminá-las com o uso de novas tecnologias.

 

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É uma triste constatação, eu sei! Mas o nosso varejo de Moda, a tempo, está ultrapassado! Se compararmos o varejo de Moda, com os outros tipos de varejo, como é o caso do supermercados, materiais de construção e eletrodomésticos, veremos que o de Moda está entre os que menos evoluíram. Vemos pouca tecnologia nas lojas, um certo descaso com as mudanças no comportamento do consumidor e as mesmas práticas de atendimento e exposição de produtos aplicadas há anos. Pouquíssima coisa mudou.

Um motivo para esta falta de evolução, pode ser atribuído ao romantismo com que o negócio varejo é visto pelos criadores e donos de loja, que sonham com seus consumidores perfeitos, que darão valor para cada lacinho aplicado no produto e com vendedores que sabem apresentar o produto com a mesma paixão de quem o criou. Isso realmente não passa de um sonho, na beira do balcão a realidade é outra bem diferente. E assim, pouco se faz pouco se evolui.

Nos supermercados vemos gôndolas com cheiro, que tocam música e que praticamente fazem os biscoitos pularem em seu carrinho. Nas lojas de materiais de construção você pode testar virtualmente em sua parede como fica a cor da cortina combinando com a cor da tinta. E nas lojas de móveis e eletrodomésticos, você recebe um atendimento agressivo, que sabe na ponta da língua todas as características e benefícios de cada produto, porque recebeu treinamento dos fornecedores. A compra nestes lugares é uma verdadeira festa!

E no varejo de moda, o que vemos? O mesmo formato de sempre: vitrines, exposição, atendimento e olhe lá, um desfile para tirar a monotonia da loja.

O varejo de moda tem muito que aprender com os outros setores! Até mesmo as lojas de departamento, as mais evoluídas do setor de moda, ainda estão engatinhando na tarefa de acompanhar as mudanças e melhorar a experiência de compra ao consumidor.

Na principal feira de varejo do mundo, a NRF – New Retail Federation, que aconteceu em janeiro deste ano em Nova York, e cujo objetivo é evoluir o varejo mundial, discutiram-se assuntos baseados em um único propósito: como o varejo pode acompanhar as mudanças das necessidades e desejos do consumidor.

Os principais temas que podem ser aproveitados pelo Varejo de Moda foram a necessidade do consumidor de: compra de algo relevante e de tratamento individual.

Uma frase que marcou o evento sobre o que busca o consumidor é “Don´t tell me, show me!”. Isto é, “Não me diga, me mostre”, falando sobre a importância do uso da tecnologia para transformar a experiência de compra do consumidor em algo mais excitante.

O consumidor pós crise e mais consciente, exige que os produtos, exposições e promoções façam realmente sentido, possam ser utilizáveis e tenham informações confiáveis. Ele não quer mais desperdiçar suas compras e seu tempo. O varejista precisa descobrir a parte ruim da compra de roupas para o consumidor e eliminá-las com o uso das novas tecnologias. Então fica somente a parte boa da compra e a sensação de aproveitamento de tempo e plena diversão.

O que vemos também é que os consumidores de moda querem ter certeza de que naquela loja eles encontrarão produtos e atendimento com a sua cara, que realmente lhes caíram bem, e que dão sentido às suas vidas. É este o propósito da moda na vida do consumidor: fazê-lo se sentir bonito, atualizado e valorizado em suas características pessoais. Contudo, a forma com que o lojista entrega estes benefícios ao consumidor precisa evoluir. Assim como o consumidor de tintas pode testar a cor escolhida virtualmente em sua parede, um consumidor de uma camiseta pode testar as diversas estampas e cores dela sem precisar provar uma por uma, já que as imagens diferentes seriam projetadas no provador.

A nova geração de consumidores, metralhadas por estímulos de todos os setores, não se contenta mais apenas com o processo antigo , de ver na vitrine, provar, escolher, decidir e comprar a roupa. Novas sensações precisam ser incluídas neste processo, como realidade virtual, aromas, música, iluminação. O varejo de moda precisa tirar proveito das novas tecnologias para evoluírem suas práticas.

É preciso abrir mão do romantismo e acompanhar as mudanças do consumidor, já!

Então varejista, pare de ficar só no Tell me e evolua para o Show me!

 

Fonte:| http://www.mercadoativomulher.com.br

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