As exportações do setor no acumulado de janeiro a agosto deste ano cresceram 20,86% em relação ao mesmo período de 2021, passando de US$ 665 milhões para US$ 804 milhões. Na mesma base de comparação, as importações aumentaram 17,35%, variando de US$ 3,29 bilhões para US$ 3,86 bilhões. O déficit da balança comercial subiu de US$ 2,63 bilhões para US$ 3,06 bilhões, significando avanço de 16,45%. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
Os dez principais destinos das exportações brasileiras no período, pela ordem, foram Argentina, Paraguai, Estados Unidos, Colômbia, Uruguai, Peru, México, Chile, China e Equador. Quanto às importações, o maior volume veio da China, seguida, de longe, pela Índia, Paraguai, Estados Unidos, Vietnã, Bangladesh, Indonésia, Turquia, Israel, Argentina e Itália.
Em termos de produto, os destaques de exportação foram os seguintes: vestuário (US$ 120 milhões), com crescimento de 33% em relação aos oito primeiros meses de 2021; tecidos planos de algodão (US$ 130 milhões), com aumento de 26,7%; e filamento de elastano (US$ 75 milhões), com avanço de 43,5%.
O montante relativo à China, de US$ 2,26 bilhões, representou 58,5% do total das importações no acumulado de janeiro a agosto. O valor referente ao país asiático apresentou crescimento de 32,37% em relação ao mesmo período de 2021, num contraste com o ocorrido com as compras provenientes de outras nações, que tiveram algumas quedas acentuadas ou ficaram estáveis. Houve recuo de 30,81% no tocante à Índia e 19,05% no caso do Vietnã.
A alta de 17,3% na importação é sustentada por um aumento de 9% nos ingressos de produtos têxteis e de 44,9% nos itens de vestuário em relação a janeiro a agosto de 2021. Apesar da relevante elevação dos itens de vestuário, quando comparamos esse valor aos oito primeiros meses de 2019, época pré-pandêmica, existe uma queda de 4,8%.
É interessante ainda notar o crescimento de 42,88% das importações vindas de Bangladesh. As compras originadas nesse país, de US$ 98,07 milhões, representaram apenas 2,55% do total dos ingressos de janeiro a agosto deste ano, mas o aumento em comparação a 2021 foi significativo.
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