Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fórum global define os 7 princípios para a moda sustentável

Grupo propõe o que cada CEO deve ter em mente para o futuro da indústria.

Funcionária trabalha em calçado na fábrica da Adidas na Alemanha (Foto: Alex Grimm/Getty Images)

O fórum sustentável Global Fashion Agenda (GFA) divulgou nesta terça-feira (27) um relatório com sete medidas que devem estar nos planos de curto e longo prazo das empresas envolvidas com moda. O documento foi lançado alguns dias antes do Fashion Summit  em Copenhague, que acontece no mês que vem, e lança as bases das disucussões que vão rolar por lá.

O relatório é dividido entre três princípios urgentes e outros quatro que devem ser adotados para realizar mudanças positivas no longo prazo. A agenda é definida em conjunto com grandes players do setor, como os grupos H&M e Kering, e visa não apenas o benefício do planeta, mas também o desenvolvimento da indústria.

Confira a relação abaixo:

AS PRIORIDADES CENTRAIS

Transparência na cadeia de fornecimento

O fórum recomenda que marcas criem listas de fornecedores, que ajudem compradores e acionistas a serem capazes de desvendar com facilidade suas cadeias de suprimentos. A ideia é fazer com que pessoas sejam melhor informadas sobre as matérias primas usadas e de onde elas vêm.

Uso eficiente de água, energia e produtos químicos

O objetivo é manter o uso de recursos e emissões de poluentes em um mínimo. É um desafio para a indústria da moda, que conta com processos agressivos para o ambiente e lida com bastante refugo. O tingimento de tecidos, só para citar um exemplo, é o segunda maior poluente de água do mundo logo atrás da agricultura.

Ambientes de trabalho respeitosos e seguros

A indústria da moda não é estranha a abusos em ambiente de trabalho, claro, e o fórum encoraja empresas a adotarem e reforçarem políticas em harmonia com os princípios do direito humano universal.

QUATRO PRINCÍPIOS A FAVOR DE GRANDES MUDANÇAS

Variedade de matérias primas

Só a decisão a respeito de que materiais usar pode definir 50% da pegada ecológica de uma companhia. Mas o grupo observa poucas inovações neste campo, e recomenda maiores investimentos em matéria prima sustentável e novas tecnologias.

A criação de um ciclo sustentável

Falamos de refugo acima, e vale reforçar que é um problema real: 73% de toda a roupa produzida acaba em lixões. Marcas devem pensar no uso em longo-prazo destas peças e como elas podem ser recicladas - apenas 13% delas são reutilizadas atualmente.

Melhores salários

Segundo levantamento do GFA, a indústria da moda emprega cerca de 60 milhões de profissionais no decorrer de sua cadeia de valor. No entanto, os empregados que vivem em países produtores têxteis geralmente recebem abaixo do salário mínimo local. Nestas regiões mais vulneráveis e em outras, marcas devem trabalhar com fornecedores para garantir salários justos.

4ª revolução industrial

O estudo levanta ainda que 90% dos funcionários da produção téxtil podem perder seus empregos com o avanço da automatização. É uma projeção bem pessimista, mas o processo de digitilização de negócios não é simples.  É recomendável que empresas primeiro projetem o impacto de novas tecnologias sobre sua força de trabalho antes de aplicá-las.

https://gq.globo.com/Estilo/noticia/2018/03/forum-global-define-os-...

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