Fashion Revolution completa dez anos

[Romildo de Paula Leite]

Comemorando dez anos no Brasil em 2024, o Fashion Revolution, maior movimento ativista de moda do mundo, apresentou, de 15 a 24 de abril, no Brasil e em países ao redor do mundo, centenas de ações, debates e eventos com o “propósito de ampliar a conscientização sobre os impactos sociais e ambientais da indústria da moda, além de fomentar a mobilização de diversos atores sociais em prol de mudanças positivas no setor”.

Motivado pela data que remete à tragédia na fábrica Rana Plaza, em Bangladesh, ocorrida em 24 de abril de 2013 e que vitimou mais de 1.100 trabalhadores da moda, o Fashion Revolution “trabalha para que a moda conserve e restaure o meio ambiente, valorizando as pessoas acima do crescimento e do lucro”.

Para 2024, a Semana Fashion Revolution adotou o tema Como Revolucionar a Moda, inspirado no trabalho e nas iniciativas da comunidade global de ativistas da moda. O propósito central foi debater e repensar, colaborativamente, o que significa fazer parte da revolução.

Entre as ações, se destaca o Dia da Manualidade na Rua, um dia de ação global concebido para “desafiar a mentalidade descartável da nossa indústria da moda, de modo a colocar a atenção na importância do fazer manual, um trabalho desvalorizado cultural e economicamente”.

A programação brasileira foi construída por mais de 70 representantes locais, 200 embaixadores (estudantes e docentes), e demais parceiros, nos 25 estados brasileiros. 

Fernanda Simon, diretora executiva do instituto no Brasil, descreveu a Semana Fashion Revolution 2024 como “um momento especialmente significativo, pois além de marcar a celebração dos 10 anos da campanha, também foi uma oportunidade para avaliar o progresso que nossa rede ajudou a promover no setor ao longo da última década”.

Para Marina de Luca, coordenadora da Semana Fashion Revolution, “uma vez que temos consciência sobre todos os problemas socioambientais que temos enfrentado no Brasil, 2024 se tornou o momento certo para redefinimos o que é ativismo de moda e criarmos, a partir das soluções trazidas pelos cidadãos mais afetados por esse sistema, uma indústria da moda que coloca o planeta e as pessoas em primeiro lugar”.

Fonte: Redação | Foto: Divulgação

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