Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Frio Eleva Procura de Roupas e Varejo Projeta Alta de 8% nas Vendas

Vitrines expõem os lançamentos das coleções de outono e inverno
Vitrines expõem os lançamentos das coleções de outono e inverno

Antes mesmo de as temperaturas caírem na Capital, as lojas de confecções e calçados já registravam vendas de produtos específicos para as estações frias deste ano, em pleno mês de fevereiro. Quando os termômetros baixaram, no início desta semana, a procura se intensificou, confirmando a boa expectativa dos varejistas para a comercialização das coleções de outono e inverno que já preenchem vitrines e prateleiras do comércio local. No rol de artigos para o lar, os aquecedores elétricos também devem contribuir para um bom desempenho do varejo, seguidos de produtos de linha branca, que continuam com o IPI reduzido até junho.

De acordo com a projeção da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), a estimativa é de que as vendas atreladas à estação fria cresçam em torno de 8%, em comparação ao mesmo período de 2011. Além do inverno rigoroso, anunciado pelos serviços de meteorologia, quatro vetores influenciam a boa expectativa da entidade: “Antecipação de crédito, expansão de emprego e renda, situação de pleno emprego e a redução de tributos nos produtos de linha branca”, enumera o presidente da CDL-POA, Gustavo Schifino. “Um pequeno viés de preocupação é o atraso na liberação dos produtos têxteis importados na alfândega, tendo em vista que estão caindo no canal vermelho”, observa o dirigente. Schifino também reclama da sobretaxa sobre os artigos têxteis importados, principalmente os compostos de algodão. “Esse conjunto de obstáculos vai significar que os consumidores irão pagar mais impostos nas gôndolas”, adverte.

Ainda de acordo com a CDL-POA, os artigos nacionais estarão mais baratos que os importados nas prateleiras, mas assim como os de produtos estrangeiros, os preços das mercadorias fabricadas no País também devem subir em torno de 15%, “uma vez que a indústria nacional irá aproveitar para recuperar a pouca margem de lucros que obtém, devido aos tributos elevados que paga ao governo”.

Em contraponto, o vice-presidente do Sindilojas, Paulo Kruse, observa que os preços de mercado devem permanecer estáveis, uma vez que muitos lojistas têm aplicado como prática comprar grandes quantidades de produtos para poderem repassar preços mais baixos aos consumidores. “Além disso, sempre há muitas ofertas no comércio”, pondera.

Kruse, que também estima crescimento em vendas do varejo dentro de um patamar de 8% frente ao mesmo período do ano passado, afirma que as classes C e D estão “comprando muito”. “Estamos bastante otimistas com esta nova fatia de consumidores que entrou no mercado”, garante o dirigente do Sindilojas.

Produtos da nova estação já são vendidos com preços em oferta

Nas ruas e shoppings de Porto Alegre, já se vê pessoas procurando principalmente produtos básicos de confecção. Casacos leves e blusas de meia manga estão no foco de consumidores como a aposentada Nair Salvalaggio, 57 anos. “Ainda não comprei nada, porque não encontrei algo condizente com a minha renda, estou pesquisando os preços”, comenta ela, reclamando que “as roupas estão mais caras que no inverno passado”.

“Os consumidores estão mais maduros, e optando por produtos mais básicos”, concorda o diretor da marca Rabush, Alcides Debus. “Este ano, lançamos nossa coleção de outono-inverno mais cedo - em fevereiro - e a surpresa foi que tivemos vendas boas, principalmente de calças, saias, blazers e camisas, enfim, peças que compõem um guarda-roupa básico e para o ambiente de trabalho.” Debus acredita que em vista “das boas negociações com os fornecedores”, os preços acessíveis e formas de pagamento disponibilizadas pela loja deverão colaborar para que a Rabush alcance crescimento de 10% entre março e agosto deste ano.

Especializada em vestuário básico, a Hering iniciou as vendas da estação fria com ofertas em diversos produtos. “Os preços estão bastante acessíveis, e não tivemos aumentos significativos”, afirma a gerente da unidade da Rua dos Andradas, Karina Dornelles. “Os casacos mais longos e justos e os de estilo blazer devem ter boa saída”, acredita a comerciária.

Além de calças, casacos e blusões de lã, artigos esportivos, tênis e sapatos também devem apresentar grande demanda nos próximos meses, acrescenta o presidente da CDL-POA, Gustavo Schifino. Entre os calçados, as botas devem ser as vedetes da estação, a exemplo de anos anteriores. “Nossa vitrine já expõe botas country e de montaria”, destaca a gerente da Zapatto, Roseli Roza. “Além disso, sobraram produtos do ano passado, que estão em oferta com preços promocionais. Desde o dia 15, os consumidores têm comprado bastante”, garante a gerente. “As sapatilhas e botas rasteiras já estão entre os sapatos mais procurados pelas consumidoras gaúchas”, completa Roseli.

Fonte:|http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=89911

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