Símbolo de luxo e status, a grife italiana Prada ocupou um dos últimos lugares no ranking por não responder ao questionário sobre política ambiental
No intuito de propor uma disputa entre marcas de alta costura por uma produção mais sustentável e trazer transparência aos consumidores, o Greenpeace Itália criou o ranking Duelo da Moda, que teve o resultado divulgado no dia 7 de fevereiro.
Na lista é possível perceber grandes diferenças entre as políticas de adequação ambiental das grifes. Grande parte delas continua utilizando produtos tóxicos que poluem as águas e couro originário de áreas desmatadas ilegalmente. E o pior de tudo é que, segundo oGreenpeace, poucas têm planos de mudar de atitude.
Quem aparece no topo da marca mais sustentável é a grife italiana Valentino, por se comprometer a eliminar todos os lançamentos de produtos químicos tóxicos e a adotar o desmatamento zero em toda a sua cadeia de fornecimento. Enquanto isso, no final da lista, surgem marcas famosas como Prada, Chanel, Hermès e Dolce & Gabbana. Acompanhe o porquê na lista abaixo, das 15 grifes menos sustentáveis, divulgada pela Exame.
Símbolo de luxo e status, a grife italiana Prada está longe de ser considerada ecofriendly, segundo a ONG ambientalista
Alberta Ferretti
A lista de marcas reprovadas pelo Greenpeace começa com a Alberta Ferretti. Especializada em roupas da moda feminina, a grife não respondeu ao questionário da ONG,"recusando-se a compartilhar” informações sobre sua política de compra de couro e celulose e uso de produtos tóxicas na produção têxtil.
Armani
Segunda colocada no ranking, a Armani respondeu apenas parcialmente e com um baixo grau de transparência o questionário, segundo o Greenpeace. Embora demonstre comprometimento com a compra responsável de couro e da celulose para fabricação de embalagens, a marca não se posiciona a respeito do uso de produtos químicos nas suas roupas que possam contaminar recursos hídricos ao fim do seu ciclo de vida.
Dior
Em resposta ao questionário do Greenpeace, a Christian Dior afirma que tem políticas de desmatamento zero em vigor com relação ao couro e à celulose. Apesar disso, a ONG ambientalista diz que a empresa ainda usa produtos químicos perigosos na confecção dos tecidos.
Gucci
A italiana Gucci também está comprometida com políticas que garantam a sustentabilidade de suas matérias-primas. Para alcançar um desempenho mais exemplar, no entanto, a marca precisa abraçar metas de desintoxicação do processo têxtil.
Segundo o Greenpeace, a LV deixa a desejar nas metas de desintoxicação da produção têxtil
Louis Vuitton
A Louis Vuitton afirma ter políticas de desmatamento zero com relação à origem do couro e à compra de celulose. Mas, segundo o Greenpeace, a holding deixa a desejar nas metas de desintoxicação da produção têxtil.
Ermenegildo Zegna
A marca de luxo italiana Ermenegildo Zegna é outra de desempenho mediano quando o assunto é meio ambiente, na avaliação do Greenpeace. A principal crítica feita pela Ong é a de que a grife ainda não se juntou à campanha de desintoxicação do Greenpeace, a Detox.
Ermenegildo Zegna
A marca de luxo italiana Ermenegildo Zegna é outra de desempenho mediano quando o assunto é meio ambiente, na avaliação do Greenpeace. A principal crítica feita pela Ong é a de que a grife ainda não se juntou à campanha de desintoxicação do Greenpeace.
Versace
A grife de alta-costura comandada por Donatella Versace se empenha em garantir a sustentabilidade da origem do papel que usa em suas embalagens e também do couro. Entretanto, segundo a Ong, a marca ainda não aceitou um compromisso vinculativo para colocar em prática a política de desmatamento zero e o programa Detox.
Segundo o Greenpeace, a D&G "não respondeu" ao questionário, o que demonstra falta de transparência
Salvatore Ferragamo
Famosa por suas bolsas e sapatos ostentados por beldades como Marilyn Monroe, Audrey Hepburn e Claudia Schiffer, a grife italiana Salvatore Ferragamo não convence quando o assunto é meio ambiente. Segundo o Greenpeace, apesar da marca demonstrar preocupação com a origem do papel de suas embalagens, ela ainda carece de um compromisso vinculativo pelo Desmatamento Zero e pela eliminação de produtos químicos perigosos na confecção dos tecidos.
Roberto Cavalli
De acordo com o Greenpeace, a grife de alta-costura Roberto Cavalli não forneceu respostas concretas para a pesquisa, tampouco assinou compromissos de desmatamento zero. De acordo com a ONG, “não há garantia de que a empresa possui políticas que asseguram o respeito às florestas e aos recursos hídricos”.
Chanel
Por não tomar qualquer decisão sobre melhorias em suas políticas ambientais, a Chanel também aparece entre os últimos colocados no ranking. Segundo o Greenpeace, a marca não respondeu a pesquisa sobre suas práticas de negócios.
Segundo o Greenpeace, a Dior ainda usa produtos químicos perigosos na confecção dos tecidos
Dolce & Gabbana
Outra grife de alta-costura criticada foi a Dolce & Gabbana. Segundo o Greenpeace, a marca "não respondeu" ao questionário, o que, segundo a Ong, demonstra falta de transparência com os consumidores sobre sua política ambiental.
Hermès
Conhecida pela elegância e sobriedade de suas coleções, a grife francesa é outra que decepciona no ranking de moda verde. De acordo com o Greenpeace, a marca não respondeu a nenhum dos questionários sobre a política ambiental da sua produção.
Prada
Símbolo de luxo e status, a grife italiana Prada está longe de ser considerada ecofriendly, segundo a ONG ambientalista. Como suas antecessoras no ranking, a marca não respondeu ao questionário sobre política ambiental.
Trussardi
Fechando a lista de grifes de alta-costura menos verdes, aparece mais uma italiana, a Trussardi. O mau desempenho deve-se à recusa da marca em responder o questionário de política ambiental, o que, segundo o Greenpeace, demonstra falta de compromisso e transparência com os consumidores.
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