Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Hering foca em novas marcas e vê demanda reagindo

Indicadores de vendas em lojas físicas mostraram melhora, em especial no fluxo de clientes, sem prejuízo ao online, que continua avançando três dígitos

Por Raquel Brandão

Após recusar a oferta da Arezzo e aceitar unir os negócios com o grupo Soma, no mês passado, a fabricante e varejista de vestuário Hering informou que está focada em desenvolver novas marcas, enquanto a demanda nas lojas físicas reage e as vendas pela internet continuam crescendo.

Depois da reabertura das lojas, que estavam fechadas devido a medidas de isolamento social exigidas pela covid-19, a Hering diz que os indicadores de vendas nas lojas físicas mostraram melhora, em especial no fluxo de clientes, mas não em detrimento da vendas on-line, que continuam crescendo triplo dígito. “O que nos reforça o otimismo é que os resultados nessas primeiras semanas pós-abertura vêm se mostrando bastante positivos e criando necessidade de compra e reposição de estoques não só de lojas próprias, mas também de parceiros”, diz o presidente da companhia, Thiago Hering.

A recuperação da demanda ocorre após um período difícil. “Houve suspensão de carteira [de pedidos], postergamento e cancelamento. No curto prazo temos que corrigir essa rota causada por fator externo”, disse o executivo. A fábrica de Goiás da empresa chegou a operar entre 15% e 20% da capacidade instalada, por 22 dias entre março e abril.

No Dia das Mães, uma das principais datas para o varejo, as vendas tiveram “ótimos resultados”, nas palavras de Thiago Hering.

Depois de aceitar a proposta do grupo Soma, seu novo controlador, a Hering está voltada a criar novas marcas. “O desenvolvimento de marcas é fundamental para o crescimento. Vamos buscar plataforma de marcas que seja sempre complementar ao novo grupo”, disse seu presidente.

O executivo deu como exemplo a linha de moda íntima da Hering, cuja receita cresceu 54%, para R$ 11 milhões, no primeiro trimestre. “É um subsegmento que vem se mostrando bastante resiliente com a pandemia e com potencial de compra enorme, principalmente no digital”. A outra aposta está no segmento de roupa para prática de esportes e ginástica – a Hering está desenvolvendo uma linha própria.

A companhia reiterou a projeção de abrir 125 lojas em formato compacto em 2021 e converter 10 mega lojas.

O executivo informou que a empresa conseguiu manter “ritmo bastante interessante” no canal on-line, que deve chegar ao patamar de vendas anuais de R$ 300 milhões, seis vezes mais do que três anos atrás. As vendas digitais chegaram a 16,7% da receita total de janeiro a março deste ano. A combinação dos negócios com a Soma, grupo que controla as marcas Farm e Animale, entre outras, deve ajudar a Hering a acelerar as vendas pela internet, disse Thiago.

A Hering também falou sobre o aumento de custos do trimestre, em especial nas commodities, como o preço do algodão, bastante utilizado pela empresa especializada em malharia. “Temos estratégia de preço diferenciada, começamos o ano com reajustes mais tímidos. Mas entendemos que as questões inflacionárias são mais estruturais e devem permanecer. Estamos precificando nossos produtos de forma estratégica para manter nossa margem bruta próxima da margem de 2019”, disse Rafael Bossolani, diretor financeiro e de relações com investidores.

A Hering aumentou a receita líquida em 4,7%, para R$ 285 milhões. O lucro deu um salto de quase 300%, para R$ 19,7 milhões.

Fonte: Valor Econômico

http://sbvc.com.br/hering-foca-em-novas-marcas-e-ve-demanda-reagindo/

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