Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Aconteceu ontem durante o Fashion Rio o I FÓRUM INTERNACIONAL DE INOVAÇÃO TÊXTIL, organizado pelo SENAI CETIQ, que reuniu profissionais de uma série de setores da economia (moda, automobilismo, esportivo, automotivo, aeronáutico, construção civil e agricultura) com abordagens em torno da inovação tecnológica dos tecidos. O Painel 7 abordou o mercado de moda nacional em uma mesa redonda mediada por Paulo Borges com quatro convidados da indústria: Juan Pablo (Nike Brasil); o estilista brasileiro erradicado na França, Gustavo Lins, primeiro do país a entrar no seleto hall de estilistas no mercado parisiense; Mayra Monthel (Rhodia) e Angelo Frigerio (Grupo Rosset).

O evento discutiu problemas e soluções para incentivar a indústria de moda nacional e a importância de fortificar o elo entre todos os setores da cadeia produtiva. Mayra Monthel, da Rhodia, ressaltou o investimento da empresa em fios tecnológicos e brasileiros, porém da necessidade dos mesmos serem empregados em uma peça com design comercial. A imprescindibilidade da união entre estilista e indústria têxtil foi ressaltada também durante a coletiva de imprensa da Rhodia sobre o lançamento do fio biodegradá..., o que reafirma a importância da ligação entre as duas pontas da cadeia.

Outro dado divulgado pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) durante o Fashion Rio e que chamou a atenção, foi o declínio no número de exportações de produtos de moda. A queda somou 7% nos últimos 5 anos, passando de US$ 162 milhões, em 2009, para US$ 150 milhões, em 2013. As vendas externas são lideradas por São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro, sendo que os dois primeiros estados apresentaram a maior queda, 16% e 14% respectivamente, enquanto o Rio apresentou uma alta de 17%, no ano passado. Segundo Cláudia Teixeira dos Santos, especialista em comércio exterior da Firjan, o resultado do Rio está relacionado ao produto com valor vinculado ao estado, com design particular e alma carioca.

Para o Rio pode estar bom, mas para todo o Brasil o cenário de exportação é desfavorável. Durante a mesa redonda do Painel 7, Juan Pablo da Nike ressaltou que no mercado têxtil, enquanto as exportações brasileiras estão na ordem de US$ 1,3 bilhão anuais, as importações chegam a quase US$ 7 bilhões anuais, e um dos motivos principais desse déficit na balança é o já conhecido “custo Brasil”, que eleva os custos da produção interna. Paulo Borges encerrou o debate afirmando que a expectativa das pessoas é ver nas passarelas o que será usado nas ruas, de modo que a tecnologia têxtil deve se unir ao produto comercial, e que o grande desafio é manter as pessoas interessadas na moda.

http://www.guiajeanswear.com.br/noticias/4649/mercado.aspx

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“custo Brasil”, que eleva os custos da produção interna.

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