Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Apesar da alta do dólar, as importações de têxteis e produtos de confecção cresceram 1,3% em valor (contabilizado em dólar) de janeiro a abril, na comparação com um ano antes. Apenas as compras de peças de vestuário no exterior subiram 6,4%, de acordo com dados compilados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit). Uma parte das compras foi fechada há meses, sem que houvesse visibilidade sobre a forte alta da moeda americana. Além disso, um novo momento do varejo mundial impulsionou as importações em março, diz Rafael Cervone, presidente da Abit. Segundo ele, foi um ‘ponto fora da curva’, que deve se normalizar nos próximos meses.

A Hering, por exemplo, disse em teleconferência dos resultados que vai reduzir o “mix” importado ao longo do ano, com transferência para a produção nacional, como forma de melhorar a rentabilidade. Um dos motivos da compra no exterior é a composição das coleções de outono e inverno. As exportações do Brasil caíram 10,8% e a balança comercial fechou com déficit de 3,7% nos primeiros quatro meses, sobre igual período de 2014. Os números não incluem as vendas internas e externas de fibra de algodão.

Não houve tempo para identificar efeitos positivos ou negativos do câmbio sobre as exportações, segundo a Abit. A associação mantém a expectativa de crescimento das vendas do Brasil para o exterior em 2,7% neste ano.

A importação deve subir 3,6%. A produção física do segmento têxtil diminuiu 6,7% no primeiro trimestre, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O segmento de artigos de vestuário e acessórios acumulou queda de 13,9%. A perda da confiança do consumidor, a redução do crédito, a queda do nível de emprego, o aumento da inflação e dos custos continuam como fatores difíceis.

“Há uma mistura perigosa de crise política e econômica que traz uma retração imediata ao setor”, diz o presidente da Abit. O setor gerou 4 mil empregos no primeiro trimestre, ante 15,1 mil em igual período de 2014. O saldo de postos de trabalho (diferença entre contratações e demissões) em março foi de 372, contra 2 mil um ano antes.

Os investimentos na importação de máquinas e equipamentos caíram 26,6% em janeiro e fevereiro, para US$ 80 milhões. No varejo têxtil, o volume de vendas caiu 3,8% e a receita nominal diminuiu 1% no acumulado de janeiro e fevereiro, ante igual período de 2014. A Abit prevê o acirramento da concorrência neste ano, com grandes redes adquirindo grupos menores. Para garantir resultados melhores, estão na pauta da Abit projetos para melhorar a produtividade das confecções, ampliar as parcerias com o varejo, acelerar a integração dos elos da cadeia e inserir produtos típicos do Brasil em redes internacionalizadas.

Valor Econômico – SP

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Está na hora e é urgente, que os consulados e embaixadas brasileiras trabalhem para melhorar nossas exportações. Só festas, apenas dão despesas. O momento é passageiro e temos que firmar no mercado externo!

Caro Romildo, bem se vê que continuamos na m....., sem prespectivas de melhora. O Cervone minimiza novamente com um ponto fora da curva?? Que ponto e qual a curva? É melhor fazer mais pelos texteis do que fazer media com o governo, pois ir passear no planalto é facil, o dificil é conseguir resultados.Me poupe com vernaculos obsoletos, necessitamos de ação, ou que calem a boca.

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